Talvez
seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/11/a-invencao-de-hugo-cabret-de-brian_9.html antes de ler esta postagem:
Uma bela sequência de
ilustrações e vemos que Hugo deixou a estação para seguir de metrô até o prédio
onde se lia Académie du Cinema Français.
O garoto entrou no saguão e dirigiu-se até a senhora Maurier, a quem solicitou
utilizar a biblioteca. A funcionária negou-lhe acesso devido ao menino ser
ainda muito pequeno, estar desacompanhado de um adulto, e também por estar
muito sujo... A grande surpresa foi o fato de Etienne estar por ali perto e o
reconhecer... Ele disse à dona Maurier que Hugo era seu amigo... É claro que a
mulher se espantou com essas palavras...
Hugo disse ao amigo que
lamentava o fato de ele ter perdido o trabalho no cinema... Mas Etienne revelou
que aquilo havia sido muito bom por vários motivos, já que passara a estudar
para poder operar câmera e que também passou a trabalhar em um escritório ali
na academia... O moço até brincou com a sua condição de usar um tapa-olho, que tornaria
o trabalho com a câmara mais fácil. De sua parte, Hugo disse que estava ali
porque pretendia acessar a biblioteca.
Etienne garantiu o acesso do menino ao salão que
ficava no segundo andar... Um ambiente muito limpo e organizado, contrastando
com a sujeira do garoto... Hugo se impressionou com uma grande pintura
localizada bem no centro daquele ambiente... Uma ilustração de duas páginas
apresenta-nos o que ele viu: Um homem (um tipo etéreo) que recebia em sua mão
direita uma chama, enquanto que da ponta do indicador de sua mão esquerda saía um
lume... Etienne ajudou Hugo a encontrar o livro A invenção dos sonhos: as histórias dos primeiros filmes já feitos,
de René Tabard. O rapaz disse que o autor era seu professor, que havia
publicado aquele livro no ano anterior (portanto, em 1930)... Logo na primeira
página, Hugo leu sobre “um dos primeiríssimos filmes exibidos”... Um trem chegando à estação, que era exatamente a apresentação de um trem “enchendo
a tela”, o que causou grande pavor aos que assistiram... Como ninguém jamais
havia visto algo parecido, todos levantaram e retiraram-se às pressas do cinema
com medo de que a grande máquina passasse por cima deles. As páginas do livro apresentavam
fotografias de pessoas jogando cartas, outras saindo de uma fábrica... As
imagens mostravam cenas dos filmes antigos que iniciaram a História do Cinema.
Hugo chegou à página
com a imagem sobre o filme Uma viagem à Lua,
que era o nome do filme tão falado por seu pai... A imagem selecionada por A invenção dos sonhos (...) não podia
ser outra senão aquela em que a Lua está “com o seu olho direito atingido por
um foguete”, a mesma que o autômato havia feito... As informações textuais
lidas por Hugo davam conta de que Georges Méliès iniciou sua obra como mágico e
que até possuía um teatro onde se apresentava... Graças à mágica desenvolveu
projetos para o cinema... Méliès foi além da possibilidade de realizar filmes
sobre o cotidiano real... Sua ideia foi “capturar sonhos” e ele tornou-se
reconhecido por aperfeiçoar o “truque da substituição” que, de modo simples,
significa fazer as coisas aparecerem e desaparecerem na tela... Isso
impressionava muito às pessoas do início do século XX. Uma sequência de
ilustrações mostra o mágico fazendo uma senhora desaparecer.
Depois, o texto de A invenção dos sonhos (...) apresenta
uma breve síntese sobre Uma viagem à Lua,
destacando que “um grupo de exploradores decidiu fazer a viagem... Uma aventura
só... Na Lua lutaram contra os habitantes locais e trouxeram um prisioneiro
para a Terra”... O comentário que segue ressalta que “se algum dia, no futuro
distante, a humanidade conseguir viajar à Lua", deverá reconhecer a importância
de Georges Méliès por mostrar-nos que, se acreditarmos em nossos sonhos, tudo
pode se tornar possível... No
final do trecho, Hugo leu que Georges Méliès havia morrido pouco depois da
Grande Guerra (a Primeira Guerra Mundial, 1914-1918) e que seus filmes podiam
ter se perdido para sempre.
É
claro que o menino se espantou com essa informação e exclamou que Méliès não
estava morto. Etienne riu... Hugo disse que o conhecia, que era o dono da loja
de brinquedos da estação de trens, padrinho de Isabelle.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/11/a-invencao-de-hugo-cabret-de-brian_14.html
Leia:
A invenção de Hugo Cabret. Edições SM.
Um abraço,
Prof.Gilberto