sexta-feira, 20 de maio de 2011

O Menino do Pijama Listrado, de John Boyne - Primeira Parte

Os horrores de guerra são chocantes e nos levam a reflexões pessimistas sobre a humanidade e a frieza de lideranças políticas que levam seus semelhantes a ações mortais... Os indefesos, em particular as crianças, são as vítimas mais sofridas.

Nesses últimos dias li o livro proposto pela professora Kelly (http://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/05/referencia-eneida-de-virgilio-no-inicio.html), O Menino do Pijama Listrado. Leitura fácil... Aproveitei os trajetos nos ônibus entre as escolas e o retorno para casa para ler.
É um texto do jovem e já consagrado escritor irlandês, John Boyne. Muitos aí devem conhecer a história porque assistiram ao filme. Eu também havia assistido, acho que há poucas alterações em relação ao livro.

O contexto é o da Segunda Guerra Mundial. Temos a narrativa sobre Bruno, um menino alemão de nove anos, ele é irmão de Gretel e filho de um alto oficial nazista. A narração está na terceira pessoa, mas a narrativa apropria-se dos tratamentos que Bruno dispensava aos que com ele conviviam e aos lugares onde vivera. Assim, o führer é chamado de Fúria, a Aushwitz é chamada de Haja Vista. A narrativa é, também, sobre o menino Shmuel, judeu de nove anos como Bruno, e nascido no mesmo dia que ele. Vidas diferentes, um só destino.
Certa noite, Hitler, acompanhado de Eva Braun, jantou na casa de Bruno, em Berlim. A incumbência que o pai de Bruno recebeu de Hitler naquela noite mostrava que o Fúria o tinha em alta consideração para tarefas realmente relevantes, mas significaria uma violenta mudança no curso de todos da família. Eles deveriam mudar para Aushwitz, o Campo de Concentração de trabalhos forçados e para extermínio dos judeus. Ralf, o pai do garoto, como de resto toda oficialidade alemã, esperava contar com a estima do chefe máximo... Para isso não media esforços em mimá-lo e temia decepcioná-lo. Ralf não era diferente dos demais...


Bruno não entendia os motivos da mudança... Os pais mantinham-no distante das turbulências pelas quais o povo alemão passava. Tudo o que ele percebeu num primeiro momento foi o fato de a casa em Haja Vista ser bem menor do que a de Berlim, que o lugar não apresentava o movimento de sua cidade e, além disso, de um momento para outro ficou sem os melhores amigos (Karl, Daniel e Martin) sem ao menos se despedir.
Gretel era uma garotona pouco mais velha que Bruno, adorava suas bonecas. Um de seus passatempos era humilhar o irmão, a quem se referia como “apenas um garotinho”... Aos poucos Gretel absorvia a ideologia nazista, conhecia algo sobre a importância do trabalho de seu pai para o país e sobre a “necessidade de não se misturarem aos judeus”. Em Haja Vista, encantou-se com o “pouco mais que adolescente” tenente Kotler. Aliás, a mãe do menino também se encantava pelos uniformes impecáveis e carregados de condecorações do marido... Para Bruno, a irmã era “um caso perdido”.


Com a família, também seguiu para Haja Vista, a criada Maria, com a qual o garoto teve conversas bastante reveladoras. Na nova casa, Bruno teve contato com outro serviçal... Pavel, um dos supliciados em Aushwitz, tinha a obrigação de descascar batatas e cenouras, além de servir à mesa. Pavel foi obrigado de modo brusco pelo tenente Kotler a fornecer o material de que o menino precisava para fazer um balanço numa das árvores da casa. O judeu mostrou-se solícito ao socorrer o garoto após um acidente no mesmo balanço. Bruno ficou sabendo que o serviçal era médico... Não podia entender por que estava vivendo daquela forma e sendo tão maltratado por Kotler.



Estou considerando a postagem de hoje uma primeira parte... É que escrevi um texto que saiu longo... Para amanhã prometo uma continuação.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2011/05/o-menino-do-pijama-listrado-de-john_21.html
Leia: O Menino do Pijama Listrado. Cia. Das Letras.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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