segunda-feira, 26 de março de 2018

“Vida de Vaqueiro” – uma proposta de dramatização a partir de estudo de fragmento de “Capítulos de História Colonial & Os Caminhos Antigos e o Povoamento do Brasil”, de Capistrano de Abreu, in “Sociedade e Cidadania” (oitavo ano), de Alfredo Boulos Júnior – composições de “Vivência” e “Vida de Vaqueiro”

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2018/03/vida-de-vaqueiro-uma-proposta-de_25.html antes de ler esta postagem:

O instrumental “Só de Brincadeira” é composição de Waltinho;
“Vivência” e “Vida de Vaqueiro” são da autoria de Waltinho em parceria com Roberto Andrade.

Vivência

Quem nasceu lá e viveu / Crescendo percebeu
O canto do ferreiro / Da casa do doutor
O velho mensageiro / Das cartas de amor
O homem, o vassourão / Limpando o chão da manhã

                   Sabe, crê e chora / Vive cada hora
                   No canto do ferreiro / Da casa do doutor

Quem nasceu lá e viveu / Crescendo percebeu
Viu descer o amor / No céu de cada tarde
Encontros nas esquinas / Corridos pra esconder
A moça e a canção / Deixando a graça para alguém

                   Sabe, crê e chora / Vive cada hora
                   No encontro nas esquinas / Nas tardes de amor

Quem nasceu lá e viveu / Crescendo percebeu
O sino da capela / Chamando pra rezar
As noites de domingo / As festas do lugar
As rodas de ciranda / E as cantigas de ninar

                   Sabe, crê e chora / Vive cada hora
                   No sino da capela / Nas festas do lugar
                   Sabe, crê e chora / Vive cada hora
                   Presente na lembrança / Ausente do lugar

(...)

Vida de Vaqueiro

Ê boi, boi surgiu na serra, ê boi levantando a terra 
Poeira subiu, vaqueiro gritou, chicote cortou os ares do céu 
Poeira subiu, vaqueiro gritou, chicote cortou os ares do céu

Sinhá mocinha você arreclama, se passo a vida inteira sem te ver
Sinhá mocinha vida de vaqueiro, é tanger boi pra ganhar dinheiro

         Ê boi, boi surgiu na serra, ê boi levantando a terra 
         Poeira subiu, vaqueiro gritou, chicote cortou os ares do céu 
         Poeira subiu, vaqueiro gritou, chicote cortou os ares do céu

Aliso a crina do meu alazão, pego nas rédeas canto uma canção
O sol se pondo e a lua vem chegando, eu pela vida sempre galopando

Demorei tanto a tanger o boi, cheguei até a me esquecer da hora
Sinhá mocinha quando lá cheguei, não me esperou já tinha ido embora

         Ê boi, boi surgiu na serra, ê boi levantando a terra
         Poeira subiu, vaqueiro gritou, chicote cortou os ares do céu
         Poeira subiu, vaqueiro gritou, chicote cortou os ares do céu

Um abraço,
Prof.Gilberto

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