quarta-feira, 21 de março de 2018

“Vida de Vaqueiro” – uma proposta de dramatização a partir de estudo de fragmento de “Capítulos de História Colonial & Os Caminhos Antigos e o Povoamento do Brasil”, de Capistrano de Abreu, in “Sociedade e Cidadania” (oitavo ano), de Alfredo Boulos Júnior; contribuições do professor Tiago, oficina de “xilogravura” e leitura de “O burrinho pedrês” como desdobramentos

Tudo começou depois da leitura de textos e análise de imagens a respeito das atividades que marcaram a ocupação do interior do Brasil durante os séculos XVI e XVII (bandeirantismo; missões jesuíticas; a busca de “drogas do sertão”...)...
Os recortes estudados eram do próprio livro didático da escola (da coleção “Sociedade e Cidadania”, FTD, de Alfredo Boulos Júnior).
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O citado livro traz um fragmento de “Capítulos de História Colonial & Os Caminhos Antigos e o Povoamento do Brasil”, do historiador Capistrano de Abreu:

         “De couro era a porta das cabanas, o rude leito aplicado ao chão duro, e mais tarde a cama para os partos; de couro todas as cordas, a borracha para carregar água; o mocó ou alforje para levar comida, a mala para guardar roupa, mochila para milhar cavalo, a peia para prendê-lo em viagem, as bainhas de faca, as bruacas e surrões, a roupa de entrar no mato.”

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Durante uma das aulas para o grupo de alunos de alunos de 8º ano (turma C) do Ensino Fundamental, depois da busca dos significados das palavras desconhecidas, surgiu a ideia de montar uma encenação a respeito da vida dos vaqueiros do sertão.
Sugeri a dramatização tendo como fundo algumas músicas regionais e apresentei o álbum “Vivência” (1973) da Banda de Pau & Corda. Os alunos se interessaram sobretudo pelas faixas “Vivência” e “Vida de Vaqueiro”.
As letras das músicas forneceriam os roteiros...
Um dos questionamentos foi a respeito do público para o qual se apresentariam... Como não pretendiam apresentar aos alunos dos últimos anos do Ensino Fundamental, cogitou-se a possibilidade de convidar as crianças menores.
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O professor Tiago mostrou-se interessado pelo projeto. E foi assim que o convidamos para o primeiro bate-papo na sala dos alunos do 8ºC. Eles mesmos explicaram o que tinham em mente...
O professor ouviu as músicas escolhidas (ficamos sabendo que ele também é músico e estudioso da música) e contribuiu com novas sugestões. Uma delas foi a de fazermos uma oficina de “xilogravura” com o seu grupo de alunos de 3º ano.
Tudo bem simples... Depois de juntarmos algumas bandejas de isopor, nos reunimos na sala da criançada. Tiago explicou o processo e todos se puseram a desenhar e a fazer sulcos nas superfícies do material. Depois era a tinta e o carimbo na grande tira de papel.
A interação foi exemplar e o trabalho permitiu entender um pouco dos cordéis... Daí surgiu a ideia de inserirmos no cenário algo relacionado a essa manifestação cultural.
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Os alunos dividiram tarefas e papéis... Dois fariam a narração e tratariam de introduzir o tema e apresentar alguns mapas em slides.
Na sequência viriam as músicas com as dramatizações e mais imagens selecionadas para ilustrar as mensagens.
Numa outra ocasião trataremos um pouco mais a respeito do projeto.
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Também foi o professor Tiago que sugeriu a leitura de “O burrinho pedrês”, primeiro conto de “Sagarana”, de João Guimarães Rosa.
As próximas postagens serão exatamente sobre este conto, que muito acrescenta à temática proposta.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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