segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Encontro de 20 de agosto de 2015 – “Diálogos Interdisciplinares a caminho da autoria – Módulo I – 1º encontro – Constituição das identidades” – uma síntese

Síntese sobre o encontro de 20 de agosto de 2015 – “Diálogos Interdisciplinares a caminho da autoria – Módulo I – 1º encontro – Constituição das identidades” – Realizado nas dependências da Diretoria de Educação (Capela do Socorro)

As coordenadoras (Marisa e Sandra) abriram o encontro com a leitura de “Tempo de Travessia”.*
Algumas apreciações sobre o poema nos levaram a refletir sobre a tendência que temos de canalizar nossos pensamentos para questões que a Educação suscita sem considerarmos a multiplicidade do ser humano.
Na sequência foi feita uma breve apresentação do curso destacando-se a importância de seu caráter dialógico. Foi explicado que a Diretoria de Educação (Capela do Socorro) está concentrando esforços na organização de formação continuada em torno dos objetivos do “Mais Educação São Paulo”, valorizando a troca de experiências vivenciadas pelos professores em suas unidades e aprofundando suas reflexões.
Especificamente este “Diálogos Interdisciplinares a caminho da autoria” em seu Módulo I pretende promover “reflexões para a construção dos direitos da aprendizagem dos estudantes dos Ciclos Interdisciplinar e Autoral”.
(* na folha com a pauta está atribuído a Fernando Pessoa. Todavia há informações garantindo que a autoria é de Fernando Teixeira de Andrade).
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Os participantes se apresentaram destacando a área de atuação e a unidade onde trabalham.
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Depois cada um selecionou imagens e redigiu pequenos relatos a respeito da própria infância ou adolescência. Essa atividade teve por objetivos o resgate de nossas memórias e, a partir delas, a reflexão sobre a “construção do sujeito”. Todos apresentaram os recortes selecionados e falaram a respeito das brincadeiras, cotidianos escolares e experiências familiares vivenciadas no passado.
Questionados sobre “o que ficou dessa atividade?”, os professores disseram que ela permitiu que “viajássemos no tempo”, pois revisitamos as brincadeiras de nossa infância e outros episódios que marcaram as nossas vidas. Notamos que o nosso presente e o nosso “modo de ser” são muito marcados pela influência da família e também da escola que tivemos. A atividade evidenciou um pouco das “identidades dos professores”.
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Ao final dessa “atividade 2” foram apresentadas algumas questões que nos levaram a pensar sobre a construção de “nossa identidade”:
“Quem são os professores que atuam hoje com as crianças?”; “Em que acreditamos?”; “O que criamos nas escolas?”; “O que dirão nossos alunos sobre o cotidiano escolar que experimentam hoje?”
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Esses questionamentos suscitaram depoimentos diversos. As dificuldades no atendimento aos “alunos de inclusão” fizeram parte do debate... Alguns relatos destacaram críticas ao modelo vigente... Outros focaram o antigo modelo de Educação Pública, marcado pelo fracasso escolar e por perseguições às crianças com dificuldades de aprendizagem.
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O debate foi concluído com novas questões para a reflexão de todo grupo:
* O que cabe à escola?
* O que é ser professor hoje na Rede Municipal de Educação?
E também por algumas conclusões:
* Contribuímos de forma direta para a “construção” das identidades de todos os que participam da vida escolar.
* Pensar que o objetivo da escola se resume às “realizações individuais” é um grande equívoco.

Isso nos levou a outros questionamentos:
* Como as escolas “pensam” os problemas que elas enfrentam cotidianamente? De que forma elas atuam?
* Quais são os projetos que desenvolvemos em nossas escolas? Quais fins eles pretendem? Estão afinados com o seu P.P.P.? Qual é o “projeto de sociedade” evidenciado por eles?
* Como resolver a “distância” entre o material apresentado pelos livros didáticos e a realidade escolar? E as incoerências das avaliações externas que não levam em conta os projetos desenvolvidos nas escolas em busca da autonomia dos alunos?
Este debate deve prosseguir na escola.
As reuniões de JEIF são momentos privilegiados em que as inquietações podem ser mais discutidas e compartilhadas com toda comunidade escolar.
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Depois os participantes foram divididos em dois grupos e, no ambiente externo, fizeram a brincadeira de Adoletá, dinâmica que se misturou ao intervalo, animou o pessoal e também fez pensar.
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Para a “atividade 3” foram previstos quatro momentos: a) slides sobre “a infância na História”; b) “diálogos interdisciplinares” (documento em construção - slides); c) exibição de “O fim do Recreio”; d) reflexão em grupos com questões propostas.
As coordenadoras fizeram um replanejamento levando em consideração o pouco tempo que restava para o encerramento do encontro e os slides não foram apresentados.
Os professores assistiram ao curta paranaense (O fim do Recreio), fizeram breves comentários e dividiram-se em grupos para elaborar sínteses de respostas para as questões que foram propostas.
Cada grupo entregou os registros elaborados.
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Para o próximo encontro (24/setembro) ficou acertada a apresentação das sínteses e os resultados de entrevistas com crianças do Ciclo Interdisciplinar a partir de questões sugeridas.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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