Síntese sobre o
encontro de 20 de agosto de 2015 – “Diálogos Interdisciplinares a caminho da
autoria – Módulo I – 1º encontro – Constituição das identidades” – Realizado nas
dependências da Diretoria de Educação (Capela do Socorro)
As coordenadoras (Marisa e Sandra) abriram o encontro com a leitura de
“Tempo de Travessia”.*
Algumas apreciações sobre o
poema nos levaram a refletir sobre a tendência que temos de canalizar nossos
pensamentos para questões que a Educação suscita sem considerarmos a multiplicidade
do ser humano.
Na sequência foi feita uma breve apresentação do curso
destacando-se a importância de seu caráter dialógico. Foi explicado que a
Diretoria de Educação (Capela do Socorro) está concentrando esforços na
organização de formação continuada em torno dos objetivos do “Mais Educação São
Paulo”, valorizando a troca de experiências vivenciadas pelos professores em
suas unidades e aprofundando suas reflexões.
Especificamente este “Diálogos Interdisciplinares a caminho da autoria”
em seu Módulo I pretende promover “reflexões para a construção dos direitos da
aprendizagem dos estudantes dos Ciclos Interdisciplinar e Autoral”.
(* na folha com a pauta está atribuído a Fernando Pessoa. Todavia há informações garantindo que a autoria é de Fernando Teixeira de Andrade).
(...)
Os participantes se apresentaram destacando a área de atuação e a
unidade onde trabalham.
(...)
Depois cada um selecionou imagens e redigiu pequenos relatos a respeito
da própria infância ou adolescência. Essa atividade teve por objetivos o
resgate de nossas memórias e, a partir delas, a reflexão sobre a “construção do
sujeito”. Todos apresentaram os recortes selecionados e falaram a respeito das
brincadeiras, cotidianos escolares e experiências familiares vivenciadas no
passado.
Questionados sobre “o que ficou dessa atividade?”, os professores
disseram que ela permitiu que “viajássemos no tempo”, pois revisitamos as
brincadeiras de nossa infância e outros episódios que marcaram as nossas vidas.
Notamos que o nosso presente e o nosso “modo de ser” são muito marcados pela
influência da família e também da escola que tivemos. A atividade evidenciou um
pouco das “identidades dos professores”.
(...)
Ao final dessa “atividade 2” foram apresentadas algumas questões que nos
levaram a pensar sobre a construção de “nossa identidade”:
“Quem são os professores
que atuam hoje com as crianças?”; “Em que acreditamos?”; “O que criamos nas
escolas?”; “O que dirão nossos alunos sobre o cotidiano escolar que
experimentam hoje?”
(...)
Esses questionamentos
suscitaram depoimentos diversos. As dificuldades no atendimento aos “alunos de
inclusão” fizeram parte do debate... Alguns relatos destacaram críticas ao
modelo vigente... Outros focaram o antigo modelo de Educação Pública, marcado
pelo fracasso escolar e por perseguições às crianças com dificuldades de
aprendizagem.
(...)
O debate foi
concluído com novas questões para a reflexão de todo grupo:
* O que cabe à escola?
* O que é ser professor
hoje na Rede Municipal de Educação?
E também por algumas conclusões:
* Contribuímos de forma direta para a “construção” das identidades de
todos os que participam da vida escolar.
* Pensar que o objetivo da escola se resume às
“realizações individuais” é um grande equívoco.
Isso nos levou a outros questionamentos:
* Como as escolas “pensam” os problemas que elas enfrentam
cotidianamente? De que forma elas atuam?
* Quais são os projetos que desenvolvemos em nossas escolas? Quais fins
eles pretendem? Estão afinados com o seu P.P.P.? Qual é o “projeto de
sociedade” evidenciado por eles?
* Como resolver a “distância” entre o material apresentado pelos livros
didáticos e a realidade escolar? E as incoerências das avaliações externas que não
levam em conta os projetos desenvolvidos nas escolas em busca da autonomia dos
alunos?
Este debate deve prosseguir
na escola.
As reuniões de JEIF são
momentos privilegiados em que as inquietações podem ser mais discutidas e
compartilhadas com toda comunidade escolar.
(...)
Depois os participantes
foram divididos em dois grupos e, no ambiente externo, fizeram a brincadeira de
Adoletá, dinâmica que se misturou ao
intervalo, animou o pessoal e também fez pensar.
(...)
Para a “atividade 3” foram previstos quatro momentos: a) slides sobre “a
infância na História”; b) “diálogos interdisciplinares” (documento em
construção - slides); c) exibição de “O fim do Recreio”; d) reflexão em grupos
com questões propostas.
As coordenadoras fizeram um
replanejamento levando em consideração o pouco tempo que restava para o
encerramento do encontro e os slides não foram apresentados.
Os professores assistiram ao curta paranaense (O fim do Recreio), fizeram breves
comentários e dividiram-se em grupos para elaborar sínteses de respostas para
as questões que foram propostas.
Cada grupo entregou os registros elaborados.
(...)
Para o próximo encontro (24/setembro) ficou acertada a
apresentação das sínteses e os resultados de entrevistas com crianças do Ciclo
Interdisciplinar a partir de questões sugeridas.
Um abraço,
Prof.Gilberto