Acho que é possível perceber que a apresentação elaborada para a encadernação das sínteses que os alunos da EMEF Teodomiro em 1995 foi datilografada em uma antiga máquina de escrever. Saibam que tratava-se de uma modelo Halda, que era bem pesada e com teclas que lembram pastilhas circulares. Não tenho mais essa máquina, mas foi nela que produzi muitos textos... As páginas internas foram datilografadas em uma máquina elétrica.
Segue o texto de apresentação tal como foi incorporado à encadernação:
A proposta do trabalho apresentado é mostrar que o Folclore não é algo que está “distante” do nosso cotidiano, algo que existe apenas nas danças, lendas e costumes dos habitantes que vivem nas longínquas partes do nosso país.
O Folclore, temos consciência disso, é a cultura espontânea que se manifesta no dia-a-dia, e de diversas maneiras. Essa cultura espontânea está tão arraigada em nosso meio que, muitas vezes, não damos conta de sua existência. E nem reconhecemos o valor que, de fato, ela tem.
Escolhemos três “elementos” dessa cultura espontânea para pesquisar: receitas de remédios caseiros, simpatias diversas e “casos que se parecem com histórias de terror”. A nossa pesquisa podia ser feita a partir dos grandes volumes enciclopédicos que tratam do tema. As crianças fariam cópias intermináveis e entregariam resenhas diversas. Preferimos a entrevista com seus parentes e amigos mais próximos. Assim, pudemos registrar algumas “receitas” e “causos” que cada família conhece.
São “receitas” bem diferentes das que o médico nos avia em seu consultório, mas que, pela “tradição oral”, mostraram sua confiabilidade. São “simpatias” que prometem solucionar diversas dificuldades e interferir no destino das pessoas. São “causos” que não conseguimos explicar, que nos espantam por seu mistério ou pelo comportamento curioso, e algumas vezes estranho, das pessoas neles envolvidas.
Nossa escola festejou o Folclore realizando danças e cantando músicas regionais. Isso muito alegrou o ambiente e a todo o corpo social escolar. O evento ajudou nossas crianças a entenderem um pouquinho do que é Folclore. Da nossa parte, esperamos ter contribuído com nossa singela participação (a cozinha de rancho, os chás, o material), proporcionando, de alguma maneira, o resgate da História Oral e a integração entre as crianças de dois grupos (5ªF & 6ªC), seus amigos, vizinhos e familiares mais próximos.
Um abraço,
Prof.Gilberto