sábado, 19 de fevereiro de 2011

Filme: The Closet

Indicação (14 anos)
Este filme é de 2001. Está catalogado como comédia francesa. Assisti logo que saiu em DVD. Mais tarde, em fins de 2005, rodaram The Closet (o original em francês é Le Placard) para um grupo de formação do qual fazia parte na UNICAMP.
A trama se desenvolve em torno de Pignon (interpretado por Daniel Auteuil), que é um funcionário de uma empresa que produz (principalmente) preservativos. Ele é um tipo acanhado e, podemos dizer, acumula uma série de fracassos pessoais. A mulher o abandonou, e seu filho o despreza... Para completar os seus dramas, fica sabendo que está na lista dos que serão demitidos da empresa.
A vida melancólica que leva não o anima a enfrentar a situação... Ao que tudo indica, Pignon desistirá de tudo. Porém, é salvo por um novo vizinho de sua residência. Trata-se do psicólogo Michel Aumont... Você poderia esperar diversas conseqüências de um encontro assim, principalmente as relacionadas às terapias que levariam o “paciente” a elevar a auto-estima... Mas Aumont o aconselha a fazer de tudo para premanecer com o seu trabalho. Sugere que Pignon passe a se comportar como um sujeito que “saiu do armário”... Todos aí sabem o que isso significa... Mas como? Um tipo tão tímido não teria como assumir uma personalidade gay... Pignon ainda reflete sobre o fato de ter de manter certa aparência para a ex-mulher e o filho...
O vizinho sugere uma fotomontagem. O rosto de Pignon seria colado na imagem de um frequentador (devidamente bem “pouco paramentado”) em um pub gay. Eles cuidariam para que a reprodução chegasse até o escritório... E foi isso mesmo o que ocorreu. Os funcionários espalham rapidamente a novidade e os boatos têm início. O chefe, senhor Kopel, fica preocupado porque a demissão de Pignon, agora um “identificado gay”, pode ser interpretada como discriminação... Certamente a empresa teria problemas com o público consumidor gay e seria taxada de “politicamente incorreta”. Imediatamente o nome de Pignon é retirado da lista dos que seriam demitidos. Secretárias discutem sobre a personalidade dele e a novidade revelada “tão oportuna e repentinamente”. Por tratar-se de situação intrigante, analisam melhor a imagem que circula na empresa e percebem que Pignon pode ter feito a “armação” para garantir o emprego... Ele sabe que pode ser desmascarado, então pede conselhos ao vizinho mentor... Já que passou a viver em “estado de graças” na empresa, denuncia à chefia que está sofrendo assédio de uma das moças. Sabemos que ela pretendia colocá-lo à prova, pois chegou à conclusão de que a fotografia não passava de montagem, que o panorama exposto na imagem não tinha nada a ver com a atualidade, e que o nosso Pignon era “macho” mesmo... O chefe ouve com atenção a denúncia e não tem outra saída senão demitir a outra. Pignon, sensibilizado, intervém a favor dela.
A empresa tinha um time de Rugby, aquele esporte que exige muito contato físico e esforço dos atletas... Da seleção local fazia parte Félix Santini (interpretado por Gérard Depardieu)... Este é um tipo grandalhão, capitão do time, exige concentração, seriedade e vigor dos jogadores... É um preconceituoso e não aceita essa conversa de homossexualismo... Santini tem muito prestígio na empresa e entre os colegas, mas terá de mudar os seus conceitos e comportamento...
Pignon é procurado pelo filho logo após a publicidade do caso. O nosso personagem foi escolhido pela empresa para desfilar com destaque no Pride Gay (o dia do Orgulho Gay)... É claro a visibilidade do episódio alcançou muitos telespectadores, inclusive o filhão de Pignon. Não é que a partir daí os dois passam a se entender?... O moço vê que o pai é “alternativo” e não tem nada de “careta”. O tipo, que antes rastejava aos pés da ex-esposa, passou a chamar a atenção dela... E até o Santini passou a cortejá-lo. Este também tem de “se virar” para não entrar na degola da empresa.
Investidores orientais visitam a empresa de preservativos... Os negócios se tornaram mais lucrativos... Do alto de um dos pisos os visitantes, acompanhados do chefão, ficam encantados ao avistarem um casal em delirante ato promíscuo... Mas quem será ousado funcionário? É claro, o nosso Pignon transbordando sua tara... Por mulheres.
Postarei comentários que fiz em 2006.

Um abraço,

Prof.Gilberto

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