domingo, 7 de novembro de 2010

A excêntrica família de Antônia - Parte III - (texto sobre)


Indicação (14 anos)
Sugiro que você acesse o link abaixo antes de ler esta parte III

http://aulasprofgilberto.blogspot.com/2010/11/excentrica-familia-de-antonia-parte-ii.html

(na imagem colada está Antônia semeando, cultivando, tornando fecunda a terra). Os anos se passaram e Therese (neta de Antônia) entendia Dedo Torto melhor que a mãe. Seus corações se entrelaçaram. O protestante e a louca Madonna continuavam a viver muito próximos, porém afastados e distantes em seus corações. O padre abandonou a batina... “estou livre!”, gritou. Ele também passou a fazer parte da família de Antônia. Boca Mole e Deedee se casaram depois que ela engravidou. Isso significa que a excêntrica família cresceu mais um pouco. Bas e Antônia também passaram a “resolver” suas carências afetivas “sempre que desse vontade”. Ele construiu uma cabana para os encontros amorosos. A família continuou em harmonia e se confraternizando nos almoços (colei essa imagem
sobre um deles). Em um desses encontros chegou Letta (essa é aquela que ajudou Danielle a “conseguir um rapaz para engravidá-la") com seu casal de filhos, Simon e Arletta, e grávida de um terceiro. Nessa ocasião, em que passam a fazer parte da família, Letta responde à pergunta de Therese sobre como está o seu pai... Ótimo, diz Letta, “casou-se com a dona de uma cervejaria!”. O padre identifica-se com Letta e as crianças, que são por ele abençoadas juntamente com a que está no ventre.

Therese despontou como criança prodígio na escola. A professora da menina, Lara Anderson propôs-se a dedicar duas ou três horas extras a ela, que se apresentava como um desafio para a escola. Danielle viu na loura professora a imagem da Vênus de Millus e por ela se apaixonou. A família aumentou, o amor se espalhou. E até Dedo Torto melhorou o seu ânimo quando percebeu que a menina Therese se identificava intelectualmente com ele (a cena colada apresenta os dois no diálogo que tiveram sobre uma situação que será descrita mais adiante).

O ciclo da vida continuou e a existência de alguns aldeões chegou ao fim. A louca Madonna morreu de amor. O protestante, com ela em seus braços, uivou para a lua cheia. Morreu pouco tempo depois. Na lápide de ambos foi colocada a inscrição “não dividiram a mesma cama, a mesma mesa e agora dividem o mesmo túmulo”. O fazendeiro Dan também morreu depois que caiu da cadeira e quebrou o pescoço. Depois de quinze anos de ausência Pitte reapareceu exigindo a herança do velho morto.
O rapaz observou Danielle com a amante. Sua formação machista não lhe permitia entender aquela relação. Ele estuprou a jovem Therese. Antônia, indignada, foi à sua caça no Café, onde o amaldiçoou afirmando que morreria do próprio veneno. O rapaz foi espancado pelos jovens (inclusive pelos filhos de Bas). Pitte chegou à propriedade da família, onde morreu afogado pelo irmão Janne.

O velho Dedo Torto tornou-se cada vez mais pessimista em relação ao mundo (um inferno habitado por demônios) e à vida. Ficou angustiado após o atentado sofrido por Therese. Ela passou a ministrar aulas depois que completou vinte anos. O seu círculo de amizades e de conhecidos aumentou. Relacionou-se com vários intelectuais e artistas. A sua formação foi marcada pelas transformações sociais e agitações estudantis do final da década de 1960. Simon não tinha o mesmo "intelecto" que ela, mas a amava e pretendia casar-se com ela (que não queria).
Therese ficou grávida e em dúvida sobre se traria ou não uma “nova vida” ao convívio de todos. Todos na família, inclusive as inúmeras crianças, opinaram, “você vai querer? não vai querer? vai... não vai...”. Dedo Torto disse que aquilo era besteira, pois pensava que o mundo é podre.
Enfim, nasceu Sarah, que é quem narra a história. A menina revelou-se uma escritora de “mão cheia”, bem diferente da avó Danielle, amante das cores; e da mãe Therese, amante da música e da matemática; mas tão sensível quanto as duas. Para Dedo Torto o melhor mesmo seria “não nascer”, “não ser”. Suicidou-se.
(...)
Antes do suicídio de Dedo Torto, Letta morreu com a gravidez de seu décimo terceiro filho. O padre pegou os seus filhos e retirou-se do convívio da “excêntrica família”. O Boca Mole minguou ainda mais o grupo depois que sofreu um acidente de trator. Por esse tempo Janne levou um coice de uma vaca e também morreu. Esses acontecimentos fizeram Antônia e sua bisneta refletirem sobre a vida e a morte. Antônia disse à menina que “esta é a única dança que dançamos” e garantiu a ela que se nada de errado ocorresse ela seria a primeira a morrer e que quando chegasse o momento a avisaria.

Os almoços continuaram, menos frequentados é verdade. No dia da morte de Antônia a menina Sarah, do alto do celeiro, "viu" os seus familiares e, ao redor, “viu” todos aqueles que fizeram parte de sua vida e das histórias que Antônia lhe contava. Em sua visão todos estão rejuvenescidos, Bas e Antônia dançam...
É o fim do almoço. Antônia chamou Sarah e avisou, como havia prometido, que estava pronta para morrer. Pediu à menina que chamasse os entes queridos e disse que não morreria antes que ela voltasse.
Todos ficaram à sua volta. Antônia sentiu que a louca Madonna a chamava para o “outro lado”... Então observou cada um de seus familiares. Ela sabia que Olga a vestiria discretamente e que o fazendeiro Bas faria o seu caixão.

FIM.
Para amanhã publicarei aqui algumas conclusões... Eu as escrevi à época em que assisti ao filme... Acho que vai ser interessante...

Um abraço,
Prof.Gilberto

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