Os debates em torno da questão dos imigrantes (e em particular dos japoneses), que ocorreram durante a elaboração da Constituição de 1934 (como citado em http://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/12/coracoes-sujos-de-fernando-morais_31.html), voltaram por ocasião da Assembleia Constituinte de 1946... A situação do confisco dos bens dos japoneses era tema de discussões e alguns deputados defendiam sua devolução, já que a guerra havia terminado e o mais produtivo, para o país, seria o retorno à normalidade... Outra preocupação de constituintes era em relação à necessidade de “braços para a lavoura”, algo que seria amenizado com a estabilização completa do trabalho imigrante.
Mas principalmente após os episódios de São Paulo, em que as autoridades haviam realizado o encontro que resultou em favorável ao pessoal da Shindo, houve um sério descontentamento em relação ao tipo de iniciativa citado anteriormente. Miguel Couto Filho (assim como seu pai em 1934) era um dos mais radicais, e via em qualquer benefício aos japoneses uma ameaça ao país...

Comunistas, como o ex-sargento José Maria Crispim, não se conformavam como o governo paulista havia tratado tão bem os “criminosos japoneses” e, em referência a movimentos operários da época, não aceitava dialogar com operários grevistas... Não passa despercebida a posição de representantes paulistas na Assembleia sugerindo maior cautela no trato da situação dos imigrantes japoneses.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/02/coracoes-sujos-de-fernando-morais-eiiti.html
Leia: Corações Sujos. Companhia das Letras.
Um
abraço,
Prof.Gilberto