quarta-feira, 8 de junho de 2011

"Cidade Sufocada", um texto de "Os caminhos da Terra" - Outubro 2005, p.26-27

Por hoje estou deixando este texto que foi extraído da Revista Os caminhos da Terra (São Paulo: Peixes, m.162, Outubro 2005, p.26-27). Ele foi apresentado ao grupo de professores da EMEF Teodomiro pelas coordenadoras pedagógicas daquele ano. Elas sugeriram que o texto constasse de uma prova diagnóstica e que fosse objeto de questões das várias disciplinas. Aqueles que preferissem poderiam apresentar questões com temáticas que estivessem trabalhando em sala de aulas.
Achei o exercício interdisciplinar interessante e, para amanhã, pretendo expor aqui as questões que elaborei para os alunos de Primeiro Ano de Segundo Ciclo (atual 6º Ano).
Segue o texto:


Cidade sufocada

 “É quase um ritual: nos dias mais secos do inverno, as pessoas coçam os olhos,
pigarreiam, tossem ou espirram. Não raro precisam tomar algum analgésico para a dor de cabeça. Quem mora em São Paulo sabe como é difícil respirar o ar poluído da terceira maior cidade do mundo. Mas o problema não se resume no desconforto geral. De acordo com dados colhidos por pesquisadores do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP, cerca de oito pessoas morrem por dia no município em função da poluição atmosférica. [ ... ]
O principal responsável por todo esse quadro é a frota automotiva da cidade, uma das maiores do mundo. O uso de combustíveis fósseis representa mais de 80% da emissão de gases nocivos na capital. A poluição atmosférica está diretamente ligada ao processo de urbanização, explica Maria de Fátima Andrade, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), também da USP. Entre os anos de 1920 e 2000, por exemplo, a poluição da cidade de São Paulo aumentou 18 vezes. Hoje, a região metropolitana tem quase 20 milhões de habitantes e cerca de 7 milhões de carros. 
Segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, a concentração média anual de material particulado suspenso nos ares da capital paulista é bastante superior ao padrão ambiental estabelecido pela Organização Mundial de Saúde. Também supera os níveis registrados em outras grandes metrópoles do mundo afora, como Nova York, Tóquio e Londres. [...]”


Um abraço,
Prof.Gilberto

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