terça-feira, 14 de junho de 2011

A Propriedade - Considerações sobre o capítulo VI do Manual de Sociologia de Jay Rumney & Joseph Maier - Primeira Parte

Entre os vários papéis encontrados, postados em http://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/06/antigas-anotacoes.html, está um que faz referências ao capítulo VI do Manual de Sociologia de Jay Rumney & Joseph Maier.


Procurei fazer algumas considerações acerca da propriedade, dos modos de produção capitalista e socialista, sobre o estado e a família. Apesar de percebermos que o manual não se trata de um texto recente, para muitos de nós (e para mim particularmente) constitui-se numa importante leitura, que muito contribui para a nossa formação. O texto estudado faz uma análise separadamente dos temas de interesse, mas podemos perceber a interligação entre eles, sua natureza, estrutura e função. Os conceitos têm a ver com a história das sociedades humanas e foram historicamente construídos. Por isso não abri mão da leitura de outros textos que nos auxiliam para uma melhor compreensão.
Por esses dias pretendo postar, com poucas modificações, as considerações elaboradas na ocasião (sem data evidente).


A PROPRIEDADE
Logo na apresentação de “natureza da propriedade” o texto afirma que “para sustentar a vida o individuo deve ter uma propriedade”. Propriedade, aí, não é exclusivamente a relação entre uma pessoa e um objeto. Devemos entendê-la como uma instituição social, em que a propriedade, e a sua posse, determinam status social e controle (poder) sobre os que não têm propriedade.
Podemos fazer uma reflexão acerca dessa introdução e relacioná-la à ideia de que a propriedade privada é natural, porém injusta. Há vários pensadores que sustentam que a existência de propriedades privadas se dá exatamente porque em determinado momento da história ocorreu uma expropriação e determinados grupos passaram a depender de outros. Pelo que podemos depreender da leitura do texto, entre as sociedades primitivas, as que mais se aproximam do “estado natural”, há uma posse coletiva dos bens necessários à vida. Muitos aceitam que a propriedade privada é um direito inalienável. Essa ideia está bem próxima daquilo que a burguesia postulou no século XVII na Inglaterra, quando ocorreu a “Revolução Gloriosa”. O pensamento de John Locke serviu de embasamento teórico e fundamentou o Liberalismo. Se entendermos que a propriedade privada é excludente temos de concordar, também, que ela é injusta. O Estado constituído legitima e defende a propriedade privada. Estados foram constituídos para que a propriedade privada fosse preservada.


Continua em https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/06/consideracoes-sobre-o-capitulo-vi-do_15.html
Leia: Manual de Sociologia. Zahar Editores.

Para amanhã, pretendo registrar as considerações sobre Capitalismo e Socialismo elaboradas a partir da leitura do capítulo VI do Manual de Sociologia em questão.

Um abraço,
Prof.Gilberto

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