sábado, 19 de agosto de 2017

“A Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, de Júlio Verne – da “Coleção eu Leio” – Passepartout foi chamado a comunicar o reverendo Samuel Wilson; a respeito de repercussões em Londres desde a prisão de James Strand; o nome de Fogg “estourou novamente no mercado”; expectativas dos apostadores do Reform Club às vésperas do dia 21

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/08/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_83.html antes de ler esta postagem:

A emoção tomou conta de Aouda, que levou a mão ao coração e suspirou...
O senhor Fogg revelou que também a amava “por tudo o que é mais sagrado no mundo”.
O amor os unia... Se casariam e ao menos teriam um ao outro. Assim os difíceis tempos que se avizinhavam podiam ser suportados a dois.
(...)
Fogg chamou o seu criado...
Passepartout compreendeu tudo logo que os encontrou. Aqueles dois haviam confessado os sentimentos que traziam em seus corações. O francês adivinhava que cedo ou tarde chegariam àquele ponto. Podemos supor que ele mesmo torcesse para que tudo terminasse bem entre o patrão e a graciosa Aouda.
Fogg perguntou-lhe se a hora era apropriada para “avisar o reverendo Samuel Wilson, da paróquia de Marylebone”.
Eram 17h:05. Passepartout não conseguia esconder o seu contentamento pela maravilhoso desfecho, então sorriu e disse que “nunca é muito tarde”.
Ele foi se retirando ao mesmo tempo que perguntava se podia marcar o casamento para o dia seguinte, “uma segunda-feira”...
Aouda disse sim... “Amanhã, segunda-feira!”

(...)

Júlio Verne reservou o penúltimo capítulo de seu romance para tratar de outros acontecimentos de 17 de dezembro de 1872...
Sabemos que neste dia, Fogg e os companheiros de viagem estavam a bordo do Henrietta, que ultrapassava a metade da travessia (desde Nova York) rumo ao velho continente.
Os registros do autor esclarecem que àquela altura os londrinos ficaram sabendo da prisão de James Strand, o ladrão do Bank of England. O bandido foi capturado em Edimburgo.
Até três dias antes deste episódio, os jornais noticiavam que Phileas Fogg sofria perseguição implacável da polícia. Não era por acaso que a opinião pública se referia a ele como perigoso criminoso.
Mas, enfim, os fatos se esclareceram e seu nome voltou a ser referido com respeito. Logo passaram a dizer que se tratava de um dos mais honrados cavalheiros. E logo recordaram que Fogg era o valoroso cavalheiro que lançara-se ao desafio de realizar a “volta ao mundo em oitenta dias”.
O assunto outrora comentado à exaustão voltou a ser debatido. De repente as antigas apostas foram retomadas. Novas apostas foram feitas e o nome de Fogg “estourou outra vez no mercado”.
(...)
Os apostadores do Reform Club, companheiros de uíste de Fogg, já nem falavam a respeito do desafio...
Conforme as semanas se passaram desde a sua partida, o assunto foi se arrefecendo.
Porém, com a prisão de James Strand, eles voltaram a falar a respeito de Fogg e a tecer ilações sobre sua ousada empreitada. Onde estaria?
Ninguém tinha notícias suas! Teria morrido em alguma inóspita paragem? Desistira do desafio?
As dúvidas eram muitas... Com ansiedade, todos resolveram que o melhor era esperar pelo encontro do dia 21 de dezembro no salão do Reform Club às oito e quarenta e cinco da noite.
Leia: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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