segunda-feira, 2 de julho de 2012

Tempo de Esperas, de Fábio de Melo (PE.) – somos como o rio que precisa dos afluentes; é muito difícil viver ensimesmado nas dores e dificuldades

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/07/tempo-de-esperas-de-fabio-de-melo-pe.html antes de ler esta postagem:

Do que Abner escreveu, ainda podemos registrar:
O professor gostaria de conhecer e se relacionar com todos e tudo o que o moço vem desprezando... O aconselha a não temer a simplicidade, então, um bom caminho a seguir seria o de retomar os laços familiares... As pessoas que estão em suas origens possuem conhecimentos práticos, que os compêndios não ensinam... As pessoas “são como livros”, precisam ser “lidas”. Mas Alfredo não deve centralizar suas atenções apenas nas capas... “Há muita riqueza escondida em capas não atraentes”.
A amizade e a possibilidade de partilhar (também as angústias) podem contribuir para aliviar os pesados fardos que carregamos. Os amigos que fazemos são como os afluentes que os rios precisam para prosseguir. É muito difícil existir ensimesmado nas dores e dificuldades. É preciso partilhar, “chorar as amarguras” a alguém... A condição do choro é daquelas que nos colocam semelhantes aos outros...
Abner registra que Alfredo devia mesmo ter sido insuportável com Clara. O professor imagina que ele se apresentasse autossuficiente, um tipo que nunca precisa de ninguém.
Um novo conselho: Alfredo deveria valorizar a família... Círculo onde há muito a aprender... Abner cita a própria mãe e os exemplos que ela deixou como legado, sua fortaleza e desprendimento, o amor que fazia questão de dar e receber... Clara precisava disso, um sentimento mais simples e puro... “Carinho sem palavras, uma flor sem motivos”.
Alfredo ainda é levado a refletir sobre o modo como quis representar para a moça uma personalidade robusta, que explica e revela os segredos e mistérios do mundo e do existir... Ela foi tratada por ele como se problema matemático fosse... Que mulher gostaria de ser assim ser tratada? “O elemento mais bonito da vida é o mistério”, mas Alfredo quis resolvê-lo através do racionalismo exacerbado.
O final da carta do professor destaca que o moço não deve ser tão exigente com as pessoas de sua convivência... Deve valorizar mais a sensibilidade humana do que os cursos que eventualmente tenham feito... O texto se encerra com uma pergunta: Ele teria pensado em abrir uma funerária?
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/07/tempo-de-esperas-de-fabio-de-melo-pe_08.html
Leia: Tempo de Esperas. Editora Planeta.

Um abraço,
Prof.Gilberto

Páginas