quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Gincana Escolar de 2006

Em 2006 fizemos uma gincana na escola Adolfo Casais. O projeto ficou conhecido como “Nova Era”. Confesso que fiquei um pouco assustado com a ideia do Toninho (Coordenador)... Essas coisas costumam dar mais trabalho do que imaginamos ao planejá-las... O grupo de professores organizou uma semana inteira de atividades. Cada área devia propor um tipo de trabalho que fariam os alunos competir, pontuar, essas coisas... Pensei muito... Não queria propor o “trivial”... Normalmente é isso o que ocorre nesses eventos...
Ainda hoje me lembro de algumas tarefas que deram resultados bem legais... Uma delas, proposta pelo Flávio (Matemática), consistia em a equipe ter de construir qualquer objeto das dependências da escola numa escala perfeita... Havia uma tarefa que envolvia um jogo de perguntas sobre filmes a que o pessoal devia assistir... Outras eram as que desafiavam os alunos a construírem mascotes, ou inventar um “grito de guerra” para suas equipes etc.
Os alunos foram divididos. Cada equipe era formada por alunos de duas turmas. Cada uma ficava sob a supervisão de pelo menos dois professores. Lembro-me que eu e o Flávio ficamos com a “Equipe Verde”. Gostei muito porque eram turmas de alunos interessados, saiam-se bem nas avaliações... Enfim, percebi que eles não dariam muito trabalho, que topariam encarar as várias tarefas. Muitos de nós apostávamos que essa equipe venceria... E não deu outra... Venceram mesmo!
De minha parte, sugeri trabalhos sobre Mozart e sua música. Maluquice? Era o ano Mozart! Pode ser que muitos achassem maluquice, mas o Toninho não restringiu... Fiquei muito satisfeito com os resultados. A professora Cristina (Artes) topou a parceria e os trabalhos saíram... Cada equipe recebeu um CD com uma peça do compositor. Selecionei as mais conhecidas... A da Dama da Noite de “A flauta Mágica”; o “Rondó Alla Turca”; a “Pequena Serenata Noturna”; um “Concerto para Harpa e Flauta”... E uma não tão conhecida, o segundo movimento do “Concerto para Piano e Orquestra nº 21”. Cada equipe podia dramatizar (se quisesse, e o que quisesse) ao som recebido. Saíram dramatizações mesmo! Minha surpresa foram duas alunas que, devidamente “paramentadas”, exibiram uns passos de balé ao som desse último concerto. Todos os que lá estavam se emocionaram. O que mais gostei foi fazer ecoar no pátio da escola os acordes de Mozart. É... Porque ali só se ouvia funks e axés repetitivos, enjoados e “indecentes”... Em algum lugar por aí devem existir registros daquela gincana... Se você ficou curioso, procure esse Concerto de Mozart, é maravilhoso!

Abaixo deixo a proposta que encaminhei às equipes naquele 2006:

2006 - O ANO MOZART

Prezados alunos,

Durante as reuniões de planejamento para a gincana “Nova Era”, cogitamos a possibilidade de desenvolvermos algumas atividades que contemplem as disciplinas de História e Artes de modo interdisciplinar. Pensamos sobre vários temas e chegamos à conclusão de que essa é uma oportunidade para propormos atividades diferenciadas, que possam trazer-nos conhecimentos novos, de qualidade e que rompam com certos preconceitos em relação à música clássica. Pensamos em contribuir um pouco para as celebrações em torno do Ano Mozart.

2006 marca os 250 anos do nascimento de Wolfgang Amadeus Mozart (este não é o seu nome de batismo), que em 27 de janeiro de 1756 veio ao mundo em Salzburg, Áustria. Por que Mozart é tão celebrado? Em 1991, por exemplo, ocorreram vários eventos em lembrança aos 200 anos de sua morte (6 de dezembro de 1791, em Viena). Na verdade estamos tratando de um dos maiores gênios da música universal, um grande compositor de mais de 40 sinfonias e de 20 óperas, além de centenas de outras peças musicais clássicas.

Em nosso meio há muito preconceito em relação à música dita erudita, mas é muito difícil encontrarmos alguém que, sinceramente, não aprecie os sons de Mozart. Há belas seqüências tão conhecidas que podemos dizer que são “populares”, e muita gente nem desconfia de que se tratam de Mozart. Há várias propagandas e reportagens especiais veiculadas na televisão que usam o som de Mozart como “fundo musical”. É claro que acrescentam Mozart para associar o produto ou a reportagem veiculada a um “bom gosto”. Não se trata de esnobismo.

Todos nós temos o direito de conhecer um pouco mais sobre Mozart, sua breve vida e sua vasta obra. E esse tipo de conhecimento é um daqueles que nos dá mais prazer, “alimenta” a nossa alma e nos torna mais humanos. Então, que tal arregaçarmos as mangas e irmos às tarefas?

As equipes deverão incumbir (de 5 a 8) alunos para as tarefas propostas.

Tarefa 1:

Apresentar uma pesquisa manuscrita sobre Mozart (sua vida, o seu tempo). Destacar a sua formação, quais foram as suas contribuições e que tipo de reconhecimento recebeu. Reservar um tópico para tratar um pouco sobre o mundo à sua época (o que a História registra). Utilizar uma folha de almaço, fazer uma apresentação do trabalho, destacar os tópicos desenvolvidos, uma conclusão que mostre a opinião do grupo, e as fontes utilizadas.

Sugestão de sites:

www.classicos.hpg.ig.com.br/mozart.htm; www.infonet.com.br/mozart/Aloi.htm.

Sugestão de filme: “Amadeus”, de Milos Forman.

Tarefa 2:

A pesquisa proporcionará o contato com uma série de quadros e gravuras Sobre Mozart. Para esta tarefa é solicitado que a equipe faça uma reprodução de uma gravura ou quadro escolhido em folha cartolina. O trabalho será apresentado em uma exposição temática.

Tarefa 3:

Cada equipe está recebendo um CD com uma das composições de Mozart. Para esta tarefa é solicitado que a equipe crie (“passe para o papel”) um desenho que retrate o que a música evoca (inspira). O trabalho será apresentado em uma exposição temática.

Tarefa 4:

A equipe deverá escolher uma entre as apresentações sugeridas:

a) Dramatizar a composição existente no CD oferecido; b) Evolução (dança) a partir da composição de Mozart; c) Interpretar em um ou mais instrumentos musicais a composição que consta do CD.

Bom trabalho a todos! Quaisquer dúvidas deverão ser sanadas com os professores Gilberto (História) e Cristina (Artes).

Um abraço,

Prof.Gilberto

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