Enquanto os bombeiros providenciavam reforço policial e cuidavam de trancar os bandidos em uma sala, Chumbinho apareceu.
Ele explicou que fingiu ter sido atingido pelo tiro disparado pelos bandidos... E depois que eles se preocuparam em arrombar a porta do laboratório, seguiu em busca da casa de força.
Pelo visto ele desligou a energia elétrica no momento mais apropriado...
Caspérides ficou encantado com a astúcia do pequeno. O momento foi de grande alívio pelo reencontro. Ainda mais porque Miguel também apareceu abrindo caminho entre os bombeiros.
(...)
Magrí não escondia sua
animação e o detetive Andrade se mostrava aliviado porque tudo se resolvera sem
que mais nenhuma vítima fatal fosse contabilizada...
O policial pensou um pouco e concluiu que o pedido do Doutor Q.I. para
que seus homens se entregassem foi determinante... Depois de algum tempo indagou
como teria sido possível o vilão manifestar sua ordem aos funcionários se a
energia elétrica estava desligada.
Só então Calu explicou que ele havia imitado a voz do
Doutor Q.I. com extrema perfeição... Essa revelação fez o detetive Andrade admirar
ainda mais o talento demonstrado pelos destemidos garotos.
A conversa levou Chumbinho a perguntar sobre o paradeiro do Doutor Q.I.
Caspérides explicou que ninguém sabia exatamente onde ele se instalava porque
todos só tinham acesso à sua silhueta exibida nos intercomunicadores.
Os “Karas” vasculharam a Pain Control, mas não
conseguiram encontrar o macabro bandido que queria dominar o mundo com a Droga
da Obediência.
(...)
O mistério que envolvia a Droga da Obediência e o maluco projeto da
manipulação da humanidade só não estava totalmente solucionado porque ninguém
conhecia o seu mentor.
Apesar disso, todos os bandidos foram encaminhados para a prisão e a “Pain
Control” foi desbaratada... Andrade tentou convencer Miguel a manifestar à
imprensa que ele e seu grupo de amigos tinham sido os verdadeiros responsáveis
pelo desmantelamento da quadrilha... Mas o líder dos “Karas” explicou que não
queriam que ninguém soubesse de sua participação no caso, assim o policial
deveria esclarecer que tudo havia sido resolvido por ele.
(...)
Foi difícil, mas Miguel o convenceu a concordar.
E foi isso o que aconteceu. Os repórteres aplaudiram o gordo policial
que, destemido e sozinho, tinha prendido “mais de vinte bandidos”.
De certa forma todos sentiam que o exemplo de Andrade superava a má
conduta de Rubens.
Andrade não quis saber de
nenhuma homenagem pública, mas aceitou participar de uma reunião na diretoria
do Colégio Elite...
(...)
Logo que chegou à escola, o detetive foi cercado por estudantes que
passaram a admirá-lo devido ao noticiário. Até autógrafos teve de conceder... Mas
o seu compromisso era na sala do professor Cardoso e foi para lá que ele se
dirigiu.
Miguel, Crânio,
Chumbinho, Calu e Magrí também o aguardaram na diretoria. Cardoso cumprimentou
efusivamente o policial assim que este abriu a porta.
Andrade ficou contente ao rever os garotos e sentiu mesmo que entre ele
e os meninos havia uma grande afinidade. Mal reparou na gentileza do diretor
que lhe oferecia um assento enquanto falava sobre o quanto a escola tinha a
agradecer-lhe...
Cardoso disse que o caso
havia feito o Elite sofrer muito porque seis de seus alunos tinham sido
sequestrados, enquanto que das demais escolas eram apenas dois... Completou
dizendo que um dos alunos havia sido assassinado, mas felizmente tudo estava resolvido,
sabia-se que Bino pertencia à quadrilha e que os outros cinco tinham sido
libertados.
Depois o diretor explicou que aquela reunião
tinha sido proposta por Miguel, presidente do Grêmio Estudantil, que faria um
discurso de agradecimento.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/07/a-droga-da-obediencia-de-pedro-bandeira_18.html
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto