quarta-feira, 2 de julho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – continuação da “visita” de Miguel às instalações da “Pain Control”; encontro com Chumbinho; plano de ação no “olho do furacão”; detetive Andrade inicia uma conversa com Magrí e Crânio

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/06/a-droga-da-obediencia-de-pedro-bandeira_30.html antes de ler esta postagem:

Miguel foi levado a outras instalações da “Pain Control”... Viu a “Cobaia 14” correndo feito um autômato... O Doutor Q.I. gabava-se de ter transformado jovens saudáveis em criaturas sem medo ou “sentido de autopreservação”... A “Pain Control” estava criando seres superdotados, perfeitos heróis.
(...)
A capacidade intelectual e poder de criação simplesmente desapareciam... O maligno Doutor Q.I. garantia que esses atributos eram prerrogativas apenas da futura elite dominante, da qual o próprio Miguel faria parte.
No ginásio, o garoto sentiu-se muito mal em meio às demais cobaias... Todas elas apresentavam ares idiotizados... Conseguiu avistar Chumbinho, e quase não se conteve de tanta lamentação por saber que o pequeno estava em condição tão miserável. Tudo por sua culpa...
Mas aconteceu que Miguel notou que Chumbinho não estava sob o efeito da Droga da Obediência... Percebeu que o menino estava disfarçando. É que ele abriu a mão esquerda exibindo a letra “k” que havia desenhado com caneta, e fez isso bem rapidamente para que ninguém mais além de Miguel notasse.
Depois que a visita àquele ambiente terminou, o funcionário da “Pain Control” encaminhou Miguel à porta, mas o educado rapaz disse que o tipo podia sair primeiro... Foi então que ele fechou a porta e trancou-a por dentro.
Ao mesmo tempo em que o funcionário batia contra a porta e gritava exigindo que Miguel a abrisse, através da tela o Doutor Q.I. falava sobre a sua decepção em relação à sua decisão... Seria uma pena ter de eliminar um jovem que considerava dos mais inteligentes, alguém que teria um brilhante futuro se participasse da seleta equipe que estava organizando.
(...)
O líder dos “karas” não estava para discussões com o seu inimigo... Provocou dizendo que teriam de pegá-lo, mas o Doutor Q.I. respondeu que em seus domínios  isso não teria a menor dificuldade... Miguel avançou sobre a fiação que saia da tela de comunicação, que se apagou imediatamente.
Logo Chumbinho correu para o amigo. Os dois se abraçaram e Miguel queria saber como ele havia resistido a toda aquela paranoia, e sem tomar a droga... O menino explicou que procedeu como fazia quando não queria tomar as vitaminas que a mãe lhe dava, ou seja, deixava a pílula embaixo da língua e a cuspia depois de fingir que havia engolido.
Mas os dois não tiveram muito tempo para congraçamentos... A porta estava sofrendo com uma série de golpes de marretas e logo cairia. Então Miguel chamou a atenção do amigo para a condição daquele ambiente em tudo dependente da eletricidade, disse que teriam de fazer um estrago geral.
Chumbinho entendeu o plano de Miguel... A porta do ginásio cedeu.
(...)
Temos que saber que o casal de mendigos que estava na frente da delegacia quando Calu e o doutor Caspérides foram levados pelo infiltrado detetive Rubens eram, na verdade, Crânio e Magrí... Eles quase foram atropelados pelo camburão da polícia que saiu em alta velocidade. Vimos que também o detetive Andrade topou com os dois “karas” disfarçados.
Andrade agarrou-os cada um com uma de suas fortes mãos... Crânio gritava que eram apenas pobres mendigos e exigia que os largasse. Mas o policial dizia para se acalmarem, pois não lhes faria mal e que os conhecia muito bem.
Chamando-os pelos nomes, Andrade levou-os a uma sala. Depois que o policial trancou a porta, Magrí se desesperou e disse para ele não se aproximar, pois sabiam muito bem de seu envolvimento com a quadrilha de sequestradores...
Magrí e Crãnio se surpreenderam ao ouvir de Andrade que ele não era nada daquilo e que eles podiam confiar nele... Mas a menina estava apavorada e exigia falar com o policial Rubens.
Andrade esclareceu que Rubens havia acabado de escapar, levando o assaltante Zé da Silva e um garoto ainda não identificado... No mesmo instante, Crânio disparou que só podia ser Calu... E Andrade perguntou se, afinal, os três haviam ou não sido sequestrados.
Crânio logo viu que o que pensavam a respeito de Andrade estava errado... Pois estava claro que, se de fato ele pertencesse à quadrilha, ele saberia que os três não haviam sido sequestrados.
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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