terça-feira, 7 de janeiro de 2014

“Eros e Psique” – a partir de texto de João Pedro Roriz – a conversa animada e confusa com Zéfiro serviu para Psique saber que já se encontrava no castelo onde passaria a viver; ela não enxergava nada; três serviçais dão-lhe as boas-vindas; nem mesmo os empregados conhecem bem o esposo de Psique

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/01/eros-e-psique-partir-de-texto-de-joao_6.html antes de ler esta postagem:

Psique percorreu o seu caminho...
Vimos que sua trajetória não foi das mais fáceis.
Espesso nevoeiro e tempestade de areia a prejudicaram.
Mas graças a Zéfiro ela chegou ao destino que até então desconhecia: O Egito da época da construção das grandes pirâmides (Antigo Império)... Psique retrocedera no tempo em mail de dez séculos!
Zéfiro a conduziu em segurança. Ao materializar-se, fez algumas recomendações e revelações à bela princesa...
Não foi fácil convencer Psique de sua nova realidade... A conversa resultou em divertida e ao mesmo tempo confusa.
Depois Zéfiro se despediu... Garantiu que Psique não toparia com Bóreas em seu caminho. Por fim revelou-lhe que já se encontrava no palácio de seu marido.
O deus do Vento desmaterializou-se e sumiu...
(...)
O palácio era invisível... Tateando, Psique conseguiu identificar uma maciça porta. O colosso de madeira se abriu, mas mesmo assim ela não via nada no ambiente que pudesse ser o de um castelo. Resolveu andar e topou com algo que parecia ser um móvel. Ouviu que três vozes a cumprimentavam e isso provocou-lhe muito medo.
Psique não podia enxergar quem estava falando. Em todo o caso ficou sabendo que banho, ceia e aposentos a aguardavam. E que as vozes que estava ouvindo eram de empregados egípcios que tinham a tarefa de servi-la no palácio.
Eles até imaginaram que Psique fosse cega, já que insistia em dizer que nada via por ali. Os serviçais disseram que ela estava numa bela sala com “almofadas de cetim importadas do Oriente com tapetes Persas”... Havia inclusive “cadeiras feitas de ouro” no ambiente... Mas nada disso a princesa via...
Psique enxergava apenas o céu, a areia do deserto e a grande extensão. Apesar disso ela notava que no local onde estava não sentia o calor escaldante que caracterizaria o Saara...
Os empregados lamentaram o fato de Psique estar acomodada em um belo e luxuoso local sem poder contemplá-lo... Das “flores mágicas” do jardim ela sentia o perfume sem conhecer-lhes as cores ou contornos.
Psique não tinha noção do quanto eram altas as torres daquele castelo... Condições limitadas a parte, os serviçais estavam felizes por sua chegada e comentaram que finalmente alguém chegava ao “castelo esquecido pelos deuses”. Disseram que a tratariam muito bem e que iniciariam pelo delicioso banquete.
Com a ajuda dos três, Psique foi experimentando os pratos. Ela aprovava o cheiro e a degustação, mas, ao saber que o primeiro se tratava de “lagarto ao molho de planta carnívora com escorpiões bem tostados ao Sol”, sentiu profunda aversão...
Ela quis saber qual era o tipo de refeição que o marido apreciava. Eles responderam que era néctar e ambrosia... Disseram que aquilo não era alimento para mortais, portanto ela não poderia partilhar dos mesmos pratos. Isso a preocupou porque, o fato de seu marido ser imortal, significava que, quando “chegasse a sua hora”, ele viveria sozinho.
Sobre isso os empregados disseram que, após a sua morte, ela seria mumificada... Esse não era o caso do patrão... Então os empregados disseram que ele era uma “espécie de deus”. Psique quis saber se ele era mesmo monstruoso, mas os tipos responderam que não sabiam dizer, pois ele sempre chegava “na calada da noite e se deitava”... Eles mesmos não o viam.
Psique ficou pensando se algum dia poderia ver o marido... Os empregados diziam que ela seria muito feliz no castelo.
Algum tempo se passou e o esposo chegou dando ordens para que o deixassem a sós com ela.
Leia: Eros e Psique. Coleção Mitológica. Editora Paulus.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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