"Corações Sujos", de Fernando Morais - Considerações acerca da destruição no Japão; ocupação americana; Rescrito Imperial
Talvez
seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com/2012/01/coracoes-sujos-de-fernando-morais_9299.html antes de ler esta postagem:
O ataque japonês à base naval norte-americana em Pearl Harbor (dezembro
de 1941) foi o episódio que levou os Estados Unidos à declaração de guerra.
Seus soldados combateram na Europa, na África e no Pacífico. Não há como não reconhecer a importância dessa participação para a vitória aliada... Em relação à rivalidade
específica com o Japão, argumenta-se que a destruição e mortes em Pearl Harbor
foram revidadas nos ataques com as bombas nucleares a Hiroshima (atacada a 6 de agosto de 1945; suas ruínas estão em destaque na
primeira imagem) e Nagasaki (atacada a 9 de agosto de 1945).
Semanas depois ocorreram a rendição e a desmilitarização japonesas. O país foi
ocupado por tropas norte-americanas comandadas pelo general Douglas MacArthur, que aparece nesta página ao lado de Hiroíto na ocasião de seu primeiro
encontro...
Não eram poucos os que pretendiam a aniquilação total dos japoneses... Mas
o general percebeu que a destituição do “sagrado imperador”, por exemplo, seria
uma tarefa impossível de se realizar... Algo que, em sua opinião, requereria a
força militar “de um milhão de soldados”. E não é só isso, os Estados Unidos
ponderaram sobre o panorama político e social que se avizinhava... A ausência
da família real poderia favorecer o avanço do comunismo pelo Oriente. Ingleses
e a China de Chiang Kai-chek tinham o mesmo temor... Como sabemos, Hiroíto teve
de fazer o pronunciamento do Rescrito Imperial de 1 de janeiro de 1946. Depois
de muita negociação, o documento foi finalizado com algumas concessões permitidas
pelo Supremo Comando Aliado... Ele destacava
que a guerra se desenvolveu “de modo não necessariamente vantajoso para o
Japão”; que os conflitos tinham se prolongado por muito tempo e que milhões de
vidas haviam sido ceifadas, enfatizava ainda o poder de destruição das mais
terríveis bombas que os Aliados podiam construir e lançar contra territórios povoados por inocentes. Lamentava as mortes dos que, honrando suas posições, seguiram
para a morte nos campos de batalha... Bem como sentimento de tristeza que dominava a
todos. Reconhecia a soberania das nações constituídas... Solicitava que todos
mantivessem a integridade e fidelidade ao imperador, que evitassem conflitos e
discórdias fraternas de modo que maiores desconfortos fossem evitados... Só
assim a nação contaria com o respeito mundial e, com disciplina, voltaria a
trilhar o caminho do progresso.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/01/talvezseja-interessante-retomar.html
Leia:
Corações Sujos. Companhia das Letras.
Um abraço,
Prof.Gilberto