sábado, 3 de janeiro de 2015

“Eu Sou Ozzy”, de Ozzy Osbourne/Chris Ayres – uma leitura

Feliz ano novo para todos.

Também por ocasião dessa semana de festas fui presenteado com Eu Sou Ozzy, de Ozzy Osbourne com Chris Ayres; Benvirá/Editora Saraiva. O livro é de 2010 e está na oitava tiragem...
Até para “arejar” um pouco, dei um tempo com PHD e outros textos para ler este.
Sinceramente não pensei que acabaria escrevendo sobre ele por aqui.
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Biografias têm seus atrativos...
Recorremos a elas por diferentes motivos...
Há quem queira bisbilhotar o passado de políticos e gente famosa do mundo das artes ou dos esportes...
Mais importantes do que a vida pessoal de um biografado, são os depoimentos dele sobre contextos históricos específicos e as narrativas que evidenciam movimentos culturais, ideologias ou mobilizações sociais por direitos.
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É claro que este não é dos livros que o professor indica para estudos... Mas quem pode dizer que o conhecimento de seu conteúdo não contribui de alguma forma?
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A leitura de Eu Sou Ozzy segue instigante e, também por isso, suas mais de 380 páginas são finalizadas em pouco tempo.
Há quem o despreze por considerá-lo pesado, cheio de palavrões e repleto de maus exemplos.
Não está ao meu alcance defender ou criticar o livro ou o “modo de ser” do biografado...
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É certo que você não deve ser ingênuo a ponto de tomar por verdade absoluta apenas o que a “mídia especializada” produziu sobre Ozzy... Então, até por isso vale a pena ler sua biografia.
Não há a intenção aqui de relatar os capítulos de sua vida.
O único sentido de reservar essa postagem (e também a próxima) para Eu Sou Ozzy é o fato de considerar válida a leitura.
No mínimo, podemos pensar que o conteúdo “abre o jogo” com os que seguem “viagem” impulsionada pela ingestão do álcool e de outras drogas... Aliás, é isso o que mais chamou a minha atenção.
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A “vida escandalosa” de Ozzy não interessa:
Interessa conhecer o cotidiano de um filho de operários da Aston (na área metropolitana de Birmingham) das décadas de 1950/60...
Quais eram suas limitações e possibilidades? Podemos notar permanências/mudanças ao recorrermos às realidades operárias dos inícios da industrialização? E a família operária, como se estruturava na realidade do pós-guerra? A que tipo de escola as crianças eram submetidas? Quais atividades as indústrias reservavam aos que, sem qualificação, buscavam o primeiro emprego?
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A “vida escandalosa” de Ozzy pode interessar:
De certa forma, ela nos ajuda a entender o surgimento do Heavy Metal... Não há como desvinculá-la desse gênero e das origens do Black Sabbath.
Quais eram as limitações e possibilidades no início? Como e por que o grupo musical chegou às primeiras posições das paradas? Quais alterações nos “modos de viver” foram mais significativas para os membros da banda? Como os empresários atuaram? O que o “movimento satanista” tem a ver com a proposta inicial dos músicos? O que Ozzy pensa a esse respeito? Qual foi o impacto das drogas e da promiscuidade em suas vidas?
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A vida de Ozzy parece um caso à parte...
Seu texto segue focado em sua personalidade e dramas dos quais (milagrosamente) conseguiu escapar...
As questões anteriormente apresentadas vão sendo elucidadas aos poucos em meio aos relatos muito engraçados (alguns são mais ridículos do que engraçados).
(...)
Sua permanência no Black Sabbath durou pouco mais de dez anos...
Ao tempo de sua saída da banda, ele estava casado com Thelma Riley, sua primeira esposa, com quem teve dois filhos (Jéssica e Louis; o livro não cita a adoção de um menino).
Nem a necessidade de retomar o trabalho nem a importância de garantir segurança às crianças foi suficiente para proporcionar algum juízo ao rebelde roqueiro.
Leia: Eu Sou Ozzy. Editora Saraiva/Benvirá.
Um abraço,
Prof.Gilberto 

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