Também por ocasião dessa semana de festas fui presenteado com Eu Sou Ozzy, de Ozzy Osbourne com Chris Ayres; Benvirá/Editora Saraiva. O livro é de 2010 e está na oitava tiragem...
Até para “arejar” um pouco, dei um tempo com PHD e outros textos para ler este.
Sinceramente não pensei que acabaria escrevendo sobre ele por aqui.
(...)
Recorremos
a elas por diferentes motivos...
Há
quem queira bisbilhotar o passado de políticos e gente famosa do mundo das
artes ou dos esportes...
Mais
importantes do que a vida pessoal de um biografado, são os depoimentos dele
sobre contextos históricos específicos e as narrativas que evidenciam
movimentos culturais, ideologias ou mobilizações sociais por direitos.
(...)
É
claro que este não é dos livros que o professor indica para estudos... Mas
quem pode dizer que o conhecimento de seu conteúdo não contribui de
alguma forma?
(...)
A
leitura de Eu Sou Ozzy segue
instigante e, também por isso, suas mais de 380 páginas são finalizadas em
pouco tempo.
Há quem o despreze por considerá-lo pesado,
cheio de palavrões e repleto de maus exemplos.
Não está ao meu alcance
defender ou criticar o livro ou o “modo de ser” do biografado...
(...)
É certo que você não deve
ser ingênuo a ponto de tomar por verdade absoluta apenas o que a “mídia
especializada” produziu sobre Ozzy... Então, até por isso vale a pena ler sua
biografia.
Não há a intenção
aqui de relatar os capítulos de sua vida.
O
único sentido de reservar essa postagem (e também a próxima) para Eu Sou Ozzy é o fato de considerar válida
a leitura.
No mínimo, podemos pensar
que o conteúdo “abre o jogo” com os que seguem “viagem” impulsionada pela
ingestão do álcool e de outras drogas... Aliás, é isso o que mais chamou a
minha atenção.
(...)
A
“vida escandalosa” de Ozzy não interessa:
Interessa
conhecer o cotidiano de um filho de operários da Aston (na área metropolitana
de Birmingham) das décadas de 1950/60...
Quais
eram suas limitações e possibilidades? Podemos notar permanências/mudanças ao
recorrermos às realidades operárias dos inícios da industrialização? E a
família operária, como se estruturava na realidade do pós-guerra? A que tipo de
escola as crianças eram submetidas? Quais atividades as indústrias reservavam
aos que, sem qualificação, buscavam o primeiro emprego?
(...)
A
“vida escandalosa” de Ozzy pode interessar:
De
certa forma, ela nos ajuda a entender o surgimento do Heavy Metal... Não há
como desvinculá-la desse gênero e das origens do Black Sabbath.
Quais
eram as limitações e possibilidades no início? Como e por que o grupo musical
chegou às primeiras posições das paradas? Quais alterações nos “modos de viver” foram mais
significativas para os membros da banda? Como os empresários atuaram? O que o
“movimento satanista” tem a ver com a proposta inicial dos músicos? O que Ozzy
pensa a esse respeito? Qual foi o impacto das drogas e da promiscuidade em suas
vidas?
(...)
A vida de Ozzy parece um caso à parte...
Seu texto segue focado em
sua personalidade e dramas dos quais (milagrosamente) conseguiu escapar...
As questões anteriormente
apresentadas vão sendo elucidadas aos poucos em meio aos relatos muito
engraçados (alguns são mais ridículos do que engraçados).
(...)
Sua permanência no
Black Sabbath durou pouco mais de dez anos...
Ao
tempo de sua saída da banda, ele estava casado com Thelma Riley, sua primeira
esposa, com quem teve dois filhos (Jéssica e Louis; o livro não cita a adoção
de um menino).
Nem a necessidade de retomar o trabalho nem a
importância de garantir segurança às crianças foi suficiente para proporcionar
algum juízo ao rebelde roqueiro.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2015/01/eu-sou-ozzy-de-ozzy-osbournechris-ayres_4.html
Leia: Eu Sou Ozzy. Editora Saraiva/Benvirá.
Um abraço,
Prof.Gilberto