quinta-feira, 4 de julho de 2013

“O Guarani”, de José de Alencar – Dois aimoré tentam assassinar Cecília; Peri evita a tragédia assassinando os inimigos; ferido, persegue uma índia pela floresta; a ponto de desfalecer, encontra remédio no tronco de uma cabuíba

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2013/07/o-guarani-de-jose-de-alencar-isabel.html antes de ler esta postagem:

Peri decidiu matar a onça que havia capturado... Assim desfazia o seu heroico ato, mas não se importou com isso porque em sua mente só a integridade e satisfação de Cecília contavam... Depois de meia hora estava de volta ao local onde sua senhora nadava, e novamente se posicionou para permanecer ao seu dispor e atendê-la caso fosse necessário... Mais uma vez observou atentamente o ambiente ao redor.
O índio esperava encontrar tranquilidade, mas tinha motivos para se preocupar... De repente percebeu uma “ondulação nos arbustos” localizados na outra margem do rio... Notou que certamente o movimento ali não era produzido por animais de pequeno porte... Viu uma agitação em meio às guaximas (uma folhagem)... Algo indesejável estava acontecendo, disso Peri tinha certeza e, por isso, utilizando-se de uma árvore e sem que fosse notado, ele passou para o outro lado...

Sentados entre as guaximas estavam dois selvagens que ostentavam pequenas tangas de penas amarelas... Sua atenção estava voltada para a menina que nadava folgadamente... Com os arcos mantidos armados, era contra ela que planejavam disparar suas flechas... Peri não teve tempo de pensar sobre a atitude adequada a tomar e atirou-se sobre eles... Isso foi providencial, pois salvou Cecília. As flechas foram lançadas e uma delas partiu em direção à moça, mas não a atingiu, a outra penetrou em cheio o ombro de Peri... Sua ansiedade era tão grande que ele nem se importou com o grave ferimento que sofreu, então disparou as duas pistolas que tinha recebido como presente de Cecília, e foi assim que despedaçou a cabeça dos dois selvagens...
O barulho provocado chamou a atenção da donzela... Evidentemente a moça se assustou com a flecha que caiu bem perto dela... Ela gritou chamando Peri, mas ele não tinha como respondê-la... Ferido e agitado pelas execuções, viu que uma índia estava por ali. Ela acompanhava os outros dois... Só algumas páginas adiante é que o livro entra em detalhes sobre esse grupo. Por enquanto precisamos entender a situação em que Peri se encontrava... E ele sabia que devia seguir a índia que havia partido em disparada por entre as árvores. Foi isso o que ele fez... A seguiu porque sabia que ela levaria a notícia sobre aquele episódio aos seus parentes... Se ela chegasse até eles, a confusão e os riscos contra Cecília aumentariam muito. O pensamento de Peri era o de matar também aquela índia.
Mas o ferimento em seu ombro tornava-o frágil demais... Peri desfalecia... Ele perdia muito sangue e não conseguia correr ao mesmo tempo em que tentava estancar o ferimento... A índia se afastava cada vez mais... Peri dobrou os joelhos e foi ao chão... Já não tinha força física, e apenas o pensamento em Cecília o impulsionava um pouco mais à frente...
Peri despencou e caiu abraçado a um tronco... Era a cabuíba, que possui propriedades medicinais conhecidas dos índios... Peri sorveu a seiva que dela corria e aos poucos recuperou um pouco de sua consciência e vigor... Esparramou um pouco daquele óleo sobre a sua ferida e conseguiu estancar o sangue. Foi graças à providencial árvore que ele se salvou.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2013/07/o-guarani-de-jose-de-alencar-d-lauriana.html
Leia: O guarani. Editora Ática
Um abraço,
Prof.Gilberto

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