Visite a exposição "Viva Elis!"
Isso não é um resumo biográfico.
Visite
a exposição Viva Elis!
Ela está montada no Centro Cultural São Paulo
desde 14 de abril (permanece até 20 de maio).
Está bem simples,
acessível... São reproduções de fotografias da vida particular e artística de
Elis, e abrangem desde a sua infância até os derradeiros dias em janeiro de 1982.
Há também os recortes de matérias jornalísticas e vídeos que contemplam suas
participações em programas televisivos e de shows inesquecíveis... É possível navegar
por álbuns e letras das músicas por ela interpretadas.
Não tem jeito, a exposição faz um pouco do que
Elis menos aceitava: escancarar a sua vida pessoal... Mas é dessa maneira que podemos
conhecer sua genialidade e generosidade, tanto em sua apaixonada/apaixonante
vida pessoal quanto em suas ações públicas, notadamente em relação ao Regime
Militar...
Elis interpretou
composições de artistas renomados, e de alguns que se tornaram mais conhecidos
devido às suas interpretações. A lista não é pequena: Adoniran Barbosa, João
Bosco, Ivan Lins, Gilberto Gil, Chico Buarque, Milton Nascimento, Renato
Teixeira,Tom Jobim, Edu Lobo, Vinícius de Moraes, Belchior, Cesar Camargo
Mariano (seu segundo marido - por nove anos), Lô Borges...
Seu
talento revelou-se prematuramente e em sua terra natal, o Rio Grande do Sul,
trabalhou em programa da Rádio Gaúcha.
No Rio de Janeiro iniciou as atividades em televisão, conheceu Ronaldo Bôscoli
(com quem se casou em 1967 e conviveu por cinco anos). Elis foi vencedora em festivais de MPB em seus momentos de maior ebulição...
Na TV Record, de São Paulo apresentou
O Fino da Bossa, com Jair Rodrigues
(maio de 1965 até junho de 1967). Na sequência Elis fez uma turnê de estrondoso sucesso pela Europa.
Em Viva Elis!:
Vemos Elis apresentando programas televisivos...
Vemos Elis encenando e percorrendo faculdades e universidades do país com seu
show itinerante de 1976, Falso Brilhante
(na exposição há réplicas de seus vestidos)... Vemos Elis combatendo a repressão e sendo vítima do
Sistema... Vemos a Elis mãe preocupada com o futuro de seus filhos, de seus
amigos e da nação. Vemos Elis cantando O
bêbado e a Equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc)... Está lá inspirando confiança em dias melhores...
É
difícil aceitar que tenha nos deixado aos 36 anos. Vemos pessoas sem conseguir
conter as lágrimas.
Um abraço,
Prof.Gilberto