segunda-feira, 16 de abril de 2012

Filme: O Ovo da Serpente – Abel percebe-se só

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/04/filme-o-ovo-da-serpente-uma-introducao.html antes de ler esta postagem:


No início temos uma lenta cena em preto & branco... Pessoas de várias idades caminham. Estão bem agasalhadas e muitas seguem cabisbaixas.
Vemos Abel Rosenberg (David Carradine) chegando à estalagem onde vive com o irmão, Max. É uma noite gelada... Dia 3 de novembro de 1923, um sábado.
Rosenberg caminha a passos errantes, está embriagado. No salão das refeições vê que os demais hóspedes alemães cantam animadamente enquanto comem e bebem. Ele recebe uma bandeja com as bebidas e os pratos dele e de Max... Sobe para o quarto enquanto a cantoria prossegue. Ao abrir a porta depara-se com o irmão morto sobre a cama. Max suicidou-se.
Na sequência Abel está no distrito policial... Por ser manhã de domingo, o comissário demonstra irritação... Abel não fala nada de alemão e tampouco Fräulein Dorst reconhecia palavras em inglês... Ao policial, Rosenberg revela ter 35 anos e ser natural da Filadélfia. Esclarece sobre a procedência do pai imigrante da Latívia. Conta que ele, o irmão e sua esposa Manuela chegaram a Berlim a pouco mais de um mês... Explica que os três eram artistas circenses num número de trapézio, e que Max machucou o pulso... O policial quer saber os motivos do suicídio do irmão de Abel e despeja uma série de possibilidades... Abel é categórico ao afirmar que não sabe de nada.
O moço conta que o irmão e Manuela não eram mais casados e que logo que o circo os deixara partir, Manuela decidiu-se por trabalhar num cabaré... Mas ele mesmo não conseguia entrar em contato com ela. Ao verificar os documentos de Abel, o policial pergunta se este é judeu... Ele responde afirmativamente... Depois pergunta sobre seus planos e diz que o desemprego está alto na cidade. Despedem-se.
Na rua, Rosenberg é reconhecido por Papa Hollinger, um dos diretores do circo... Ele pergunta sobre Max e Manuela. Convida-o para beber e almoçar. Hollinger fala sobre a sua presença em Berlim, onde procura por novas atrações, diz que a trupe estava em Amsterdã, que o circo sente falta do trio... Diz ainda que, como paga em dólar, pode contratar à vontade e lotar as casas de espetáculo... De repente, abre um jornal e lê para Abel uma matéria que trata de “tempos difíceis trazidos por judeus de todos os cantos”. O Ocidente corria riscos, “sobretudo devido à influência de Lênin na Rússia”... E a Alemanha, particularmente, já vinha sendo sacudida por bandos terroristas. Em tom alarmante, o jornal sacudia seus leitores sobre a ameaça de, a qualquer momento, um “comitê bolchevique” iniciar suas atividades em solo alemão...
O tipo interrompe a leitura e oferece alguns bilhões de marcos ao amigo... O dinheiro alemão estava tão desvalorizado, que com a quantia podia fazer-se bem pouco... Depois solicita que Abel diga algo, já que ele permanecia em silêncio e bebendo ininterruptamente. Rosenberg diz apenas que não acredita em “bobagens políticas”, que os “judeus são tão tolos como qualquer um”... Para ele, era tudo uma questão de proceder de modo correto, sem “arrumar encrenca”. Sentenciou que este não era o seu gênero... Despede-se, pega o dinheiro, bebe o último trago e segue para o encontro com Manuela.
Indicação (18 anos)
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/04/filme-o-ovo-da-serpente-abel-reencontra.html

Um abraço,
Prof.Gilberto

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