Phileas Fogg tomou seu rotineiro trajeto em direção ao clube. Como sempre, saiu de casa às 11:30.
Logo que chegou, seguiu em direção à sala de refeições.... Obviamente o almoço era tipicamente inglês e jamais faltava chá, e este era cultivado no próprio Reform Club.
Após o almoço, Fogg se dirigiu ao salão, onde um criado ofereceu-lhe os diversos jornais do dia.
Era sempre assim e, conforme o dia passou, seus “companheiros de uíste” chegaram... Que não se pense que formavam um grupo de muita conversa, cada um ostentava a importância de cargos ou funções no país. Aqueles homens investiam em vários projetos que estavam em consonância com a política imperialista da Inglaterra.... Eles eram banqueiros, engenheiros...
(...)
Andrew Stuart, John Sullivan, Samuel Fallentin, Thomas Flanagan e
Gauthier Ralph eram os sócios do Reform Club que costumeiramente se juntavam a
Phileas Fogg para as partidas de uíste.
Enquanto se ajeitavam em seus lugares, passaram a
discutir um assunto que tinha como tema o roubo ao Bank of England. Essa era a
notícia do dia estampada nos principais jornais... Gauthier Ralph era um dos
mais interessados na conversa e apresentava informações que complementavam o
noticiário, pois era nada mais nada menos do que vice-diretor da instituição
que sofrera o sinistro.
Várias perguntas eram feitas.... Em síntese queriam saber se já haviam
descoberto a identidade do criminoso.... Seria capturado em breve?
Ralph afirmava que tudo indicava que o sujeito não devia ser “ladrão de
verdade”. Obviamente esta afirmação provocou várias exclamações... Phileas Fogg
disse apenas que, de fato, jornais como o “Morning Chronicle” diziam o mesmo.
(...)
O texto relata sobre o roubo ocorrido no dia 29 de setembro
de 1872... O desfalque do banco somava cinquenta e cinco mil libras.... Os
questionamentos dos interlocutores prosseguiam incrédulos.... Como seria
possível o criminoso safar-se sem que ninguém o visse?
Uma explicação para isso seria o fato de o banco adotar uma política de “extrema confiança” em relação aos seus clientes... Jamais a instituição adotara expedientes que pudesse demonstrar qualquer desconfiança dos que recorriam aos seus préstimos... Por esse expediente, o banco dava a entender que se preocupava “com a dignidade de seu público”.
A impressão que se tinha era a de que o banco “confiava cegamente em seus correntistas” e, em poucas palavras, isso queria dizer que não havia guardas ou seguranças armados... Os usuários estavam habituados a tocar em barras de ouro expostas sem que fossem importunados pelos funcionários... Diferente foi o que ocorreu imediatamente após o roubo. Evidentemente os diretores e demais funcionários ficaram transtornados. Imediatamente providenciou-se o envio de policiais e investigadores a todo o mundo na esperança de impedir que o criminoso escapasse do país.
É por isso que muitos entendiam que não demoraria para que o bandido caísse nas garras da polícia... Gauthier Ralph dizia isso aos companheiros de carteado, argumentando que seria impossível escapar de tamanho assédio policial por todo o mundo.
Também se comentava que o sujeito só podia ser muito engenhoso e por isso obteria êxito em sua fuga... O mesmo argumento sobre a grandiosidade do mundo sustentava a ideia de alguns a respeito do sucesso do criminoso.
Uma explicação para isso seria o fato de o banco adotar uma política de “extrema confiança” em relação aos seus clientes... Jamais a instituição adotara expedientes que pudesse demonstrar qualquer desconfiança dos que recorriam aos seus préstimos... Por esse expediente, o banco dava a entender que se preocupava “com a dignidade de seu público”.
A impressão que se tinha era a de que o banco “confiava cegamente em seus correntistas” e, em poucas palavras, isso queria dizer que não havia guardas ou seguranças armados... Os usuários estavam habituados a tocar em barras de ouro expostas sem que fossem importunados pelos funcionários... Diferente foi o que ocorreu imediatamente após o roubo. Evidentemente os diretores e demais funcionários ficaram transtornados. Imediatamente providenciou-se o envio de policiais e investigadores a todo o mundo na esperança de impedir que o criminoso escapasse do país.
É por isso que muitos entendiam que não demoraria para que o bandido caísse nas garras da polícia... Gauthier Ralph dizia isso aos companheiros de carteado, argumentando que seria impossível escapar de tamanho assédio policial por todo o mundo.
Também se comentava que o sujeito só podia ser muito engenhoso e por isso obteria êxito em sua fuga... O mesmo argumento sobre a grandiosidade do mundo sustentava a ideia de alguns a respeito do sucesso do criminoso.
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As rodadas de uíste eram silenciosas e apenas
nos intervalos das partidas é que o grupo retomava as discussões.
* Postagens dessa sequência são parceria de Mariana & Gilberto
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/01/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_19.html
Leia: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
* Postagens dessa sequência são parceria de Mariana & Gilberto
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/01/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_19.html
Leia: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto