terça-feira, 23 de junho de 2015

“Círculo de Giz” – com a Cia. Paideia

Círculo de Giz estreou no dia 22 de maio no Pátio de Coletores de Cultura, o espaço da Cia. Paideia.
Não há como não destacar aqui o singelo modo como somos recebidos pelos atores... Eles surgem animadamente no salão em que todos aguardam a abertura das portas... Acompanhados de instrumentos cantam uma reflexão a respeito da existência humana neste mundo... Ao mesmo tempo agradecem a presença do “distinto público”, que é convidado a se acomodar para o início da encenação.
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A peça de 70 minutos (tem direção de Amauri Falseti) e nos remete a dois interessantes cenários: o hospital onde um garoto está internado; e a antiga China.
No hospital, médicos e enfermeiros dão total atenção ao menino... Também a mãe não esconde sua preocupação com o estado da criança... A mulher é devotada e demonstra que todo cuidado dispensado ao filho é pouco.
Para o paciente a estadia é enfadonha... Então ele propõe realizar uma encenação que representa sua história... Ele contou com a colaboração de médicos, enfermeiros e da própria mãe.
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Quem conhece o texto de Peter Weiss, Marat/Sade, fica tentado a associar o enredo de Círculo de Giz àquele que tem ambientação num manicômio onde os internos (dirigidos pelo marquês de Sade) encenam o assassinato de Marat.
A peça também nos remete ao texto de Brecht, O Círculo de Giz Caucasiano.
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Mas Círculo de Giz é peça infantil e tem encanto próprio.

A encenação segue com excelente trilha musical:
Na antiga China, uma jovem ficou órfã após seu pai ter sido assassinado por um mandarim... Desamparada, tornou-se serviçal numa casa de chá, onde homens importantes apareciam também para curtir a companhia de garotas. Tanto é que numa ocasião conheceu o filho do imperador, por quem se apaixonou...
Mas, em vez de vida pacata, o destino reservou-lhe uma tragédia... Seus encantos atraíram o mesmo mandarim assassino de seu pai. O homem a comprou e a tornou sua concubina.
O mandarim passou a “ter olhos” apenas para ela... Um filho foi gerado... Tudo isso fez com que a primeira esposa se enchesse de raiva... Não foi por acaso que ela envenenou o marido, tomou a criança como se fosse um filho seu e acusou a jovem de ter assassinado o mandarim.
Sem deixar de ser engraçada, a parte do julgamento nos leva a refletir a respeito da “justiça dos homens” e sobre como os mais frágeis sofrem a “dureza da lei”.
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O teatro fica na Rua Darwin, 153; Santo Amaro.
Entradas: R$20,00 – inteira; R$10,00 – meia.
17:00 – sábados e domingos até 5 de julho. Há apresentações especiais para escolas.
Mais sobre o elenco e a peça em www.paideiabrasil.com.br

Indicação (a partir de 9 anos)
Um abraço,
Prof.Gilberto

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