
(...)
Na
cena seguinte, estamos novamente no cabaré. Uma dançarina se apresenta no
palco, suas axilas estão mal depiladas. Abel fuma e bebe numa mesa...

De repente a casa é
invadida por uns brutamontes uniformizados e armados... Há correria e gritaria
entre os frequentadores, cadeiras e mesas são derrubadas e os artistas saem atabalhoadamente
dos camarins de onde são enxotados... O proprietário diz a Rosenberg que
esperava pelo episódio, enquanto isso os tipos seguem apavorando e quebrando
luminárias, garrafas e copos... Eles carregam tochas e ao som do apito daquele
que parece ser o porta-voz (mas não o líder), todos silenciam. Ele profere um
discurso.
Diz que estavam agindo em nome do povo alemão...
Mostra que não aceitavam “aquela liberdade promovida pelo estado republicano”.
Fala contra as “perversidades e sadismos promovidos por comerciantes judeus”.
Diz que se os judeus não forem barrados, “o povo alemão beberá do próprio
corpo”... Em seguida, o líder quer saber sobre o “anfitrião”... Uma mulher
grita, apontando ao proprietário, que se trata de um “porco judeu”.

Os demais artistas se
mostram impotentes perante a violência dos cruéis invasores. O patrão, completamente
ensanguentado, cospe os dentes arrancados à força dos golpes... Todos observam
sua humilhação. Novos apitos do líder do grupo, o local é incendiado. Todos
fogem apavorados.
Indicação (18 anos)
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/06/filme-o-ovo-da-serpente-o-trabalho-de.html
Um abraço,
Prof.Gilberto