segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"Os Mandarins", de Simone de Beauvoir. Henri e Nadine; morte de Chancel

antes de ler esta postagem:


Depois daquele Natal, Henri e Nadine se encontram... Os dois saem para comer, beber, dançar... Conversam sobre os rumos que darão às suas vidas de pós-guerra... Os encontros nos Cafés e restaurantes eram frequentes entre os intelectuais franceses engajados, os existencialistas eram os mais assíduos... Rascunhos diversos foram desenvolvidos nesses ambientes... Nadine estava a fim de uma boate onde pudessem contemplar dançarinas nuas... A noite foi de muita bebedeira... Henri acorda numa cama ao lado de Nadine, está sofrendo com dores na cabeça e diz que não se recorda dos detalhes das últimas horas... A relação tornou-os mais cúmplices... A despedida é marcada pela promessa de Henri de tentar acertar a viagem de um mês com Nadine até Portugal... Isso incluía convencer Paule... Essas coisas.
No dia seguinte, Anne pensa sobre seus pacientes... Há casos bem complicados e ela reflete sobre os desenhos de um garoto, Fernand... Se a casa desenhada tem telhado, chaminé com fumaça ou se é cercada... Em seu ofício esses exercícios fazem parte do processo de descobrir a chave da felicidade para o paciente. Nadine chega próximo da mãe, a moça está pronta para receber os amigos para um chá. As duas conversam e Nadine espera que Anne a ajude a fazer o pai a admiti-la como secretária dele. Elas não se entendem muito bem...
Nadine fala sobre os detalhes do encontro que teve com Henri na noite anterior, inclusive antecipa que é certo que irá com ele para Portugal. Anne teme pela filha, acha que ela se apegará ao Henri, mas a moça pousa de resolvida e como quem quer apenas se divertir. A mãe lamenta que o cotidiano da filha seja o de “cama em cama”... Nadine escancara sua opinião em relação à mãe, um tipo que nada sabe a respeito dos homens, que nunca se olha no espelho ou tem pesadelos, que “vive conversando com loucos”...
Lambert, Sézenac, Vincent e Lachaume são os amigos de Nadine que chegaram para o chá. A notícia ruim é a de que Chancel havia morrido. Anne assiste à conversa dos jovens sobre a situação que estavam vivendo. Sézenac era um tipo mais calado, enquanto Vincent e Lambert eram de discutir... Esse Lambert era o preferido de Anne para um eventual compromisso mais sério com a filha. Ele era um tipo “mais família” e questionava o ocorrido... Até que ponto tudo aquilo valia o sacrifício com a própria vida? Chancel teve razão? Partira ele para uma espécie de martírio? Nadine rebate as reflexões de Lambert e, para agredi-lo, diz que irá com Henri para Portugal...
Neste ponto Anne retira-se e é seguida por Sézenac. O moço diz que está pensando em se relacionar firmemente com uma jovem, porém tem dores que resultam em distúrbios comportamentais que só se resolvem com supositórios de eubina. Ele diz que não tem receita para adquirir o remédio... A psiquiatra sabe que trata-se de medicação tóxica e que o rapaz deve estar viciado... Sabe que ele percebe que ela pode conseguir para ele... Pede, então, que o procure no próximo dia.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2011/10/os-mandarins-de-simone-de-beauvoir_04.html
Leia: Os Mandarins. Editora Nova Fronteira.

Um abraço,
Prof.Gilberto

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