É bom que se saiba que as três damas fiéis à Rainha da Noite aparecerão aos dois e tentarão dissuadi-los a rejeitar aquelas provações. Papagueno não suporta e quebra o silêncio... Diz que não está a altura daqueles desafios e que pretende apenas encontrar a sua “cara metade”. Por diversas vezes será advertido por Tamino, mas o comportamento de Papagueno revelará que ele é um tipo que se relaciona mais e melhor com o “mundo sensível”.
Pamina adormeceu no jardim e era observada por Monostatos... O mouro arde de desejo pela princesa e espera o momento de tocá-la. Porém seu gesto é adiado pela chegada da Rainha da Noite. Ela trouxe um punhal para a filha e deseja que a moça assassine Sarastro. Ela impõe essa missão como condição para que Pamina continue sua filha... Cada vez mais percebemos a diferença entre os “dois mundos”: o da escuridão da Rainha da Noite; e o da luz de Sarastro.
Neste vídeo temos o momento descrito acima. Um dos mais conhecidos da ópera. Ele é um trecho do espetacular filme de I. Bergman para a ópera de Mozart:Logo que a mãe se retira, Pamina é atacada por Monostatos. Ele arranca o punhal das mãos da princesa, diz que ouviu tudo o que conversaram e, assim faz chantagem... Mas novamente o mouro é frustrado, e dessa vez pelo próprio Sarastro, que chega e o expulsa dali... Pamina suplica a Sarastro que este não se vingue da mãe. Ele a tranquiliza e a faz entender que o é o amor (e não o ódio) que conduz à felicidade.
Tamino e Papagueno continuam em seu desafio... O passarinheiro desata a conversar com uma velha que por lá apareceu... Ele fala que sente falta de um amor... Ela diz que tem apenas dezoito anos e que tem um conhecido de nome Papagueno, e logo deixa o recinto... Recebem também a visita dos três jovenzinhos (anjinhos?)... Eles dão apoio aos dois, para que perseverem na prova. Trazem a flauta e o carrilhão... Também trazem comida aos dois. Revelam que Sarastro restituía os objetos de tanto valor para eles. Papagueno só pensa em saciar a fome... Tamino toca a flauta e seu som atrai Pamina. A princesa quer conversar com o amado, mas ele não corresponde porque encara com seriedade a prova a que se sujeitou... Pamina entra em desespero e canta “Ah! Tu não me amas.”
Essa situação a levará a um ato de desespero. Mas isso é assunto para amanhã.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2011/04/flauta-magica-quarta-parte.html
Um abraço,
Prof.Gilberto