* Este texto e o da próxima postagem contaram com a
colaboração
de Mariana.
Mary Poppins é a babá
encantada saída de livro de Pamela Lyndon Travers (seu nome verdadeiro era Helen
Lyndon Goff)...
Depois de muito insistir, Walt Disney conseguiu os direitos de produzir
o filme de 1964 (isso se tornou tema de outro filme - "Saving Mrs. Banks", 2013).
Julie Andrews interpretou
Poppins (Oscar de melhor atriz)... No ano seguinte ela fez o papel de Maria em
“Noviça Rebelde”, também um musical.
(...)
É claro... Uma coisa é o texto... Outra é o filme, que é o objeto das
considerações que seguem.
A história se passa na Londres de 1910...
Mary Poppins chegou em “grande estilo” à casa da “Rua das Cerejeiras”
para ocupar a vaga de babá... Flutuou desde as nuvens até pousar em solo firme
com o auxílio seu guarda-chuva... Muitas outras candidatas apareceram... Elas atenderam
ao anúncio publicado no Times , mas foram todas “sopradas para longe” por um
poderoso vento.
As duas crianças que viviam naquela casa, Michael e Jane
(respectivamente Matthew Garber e Karen Dotrice), viviam aprontando... E
nenhuma babá conseguia permanecer por muito tempo no emprego. A última, Nanna
(Elsa Lanchester), pediu demissão depois de elas lhe escaparem em disparada
atrás de uma pipa (a kite)...
O pai, George Banks (David Tomlinson), funcionário de tradicional
instituição bancária, e a mãe Winifred (Glynis Johns) pareciam não ter muito
tempo para os filhos e seus “caprichos”...
Banks já não suportava tanta traquinagem e, disposto a resolver de uma
vez a situação, decidiu entrar em contato com o jornal para anunciar a vaga a
uma babá que fosse comprovadamente rigorosa.
(...)
George e Winifred estavam
angustiados com a situação... Certamente Michael e Jane não queriam vê-los
magoados...
Será que os pais não
entendiam que tudo o que queriam era uma babá que fosse carinhosa e divertida?
As duas crianças
redigiram um texto para o anúncio no jornal... Pediam uma babá que não fosse
má... Queriam alguém que sorrisse de vez em quando... Nada de “cheiro de água
de cevada”... Queriam uma babá que as levasse para passear.
Banks achou aquilo uma grande bobagem... Rasgou o papel e o atirou à
lareira... Mas, como se pode depreender, um encantamento ocorreu.
O maluco almirante Boom,
que vivia numa casa com construção que lembrava uma grande embarcação (onde
tinha o hábito de disparar canhões em horários específicos do dia), já notara
que o vento anunciava mudanças.
(...)
George é o tipo “pontual e exigente” quando o assunto
é organização. É rigoroso em relação à esposa e aos filhos. É o típico
patriarca da época.
Há um trecho de música interpretada por ele que deixa claro a sua
pontualidade e outros conceitos: “Às 18:01, entro em casa; às 18:02, fumo meu
charuto já arrumado”...
Winifred é mulher de classe que acabou se envolvendo
no movimento das sufragistas... Há passagens do filme em que a vemos cantar
sobre as ocorrências no centro de Londres: carros apedrejados, mulheres presas,
incluindo suas amigas... Alguns de seus versos ilustram sua militância: “Somos
soldados de saias; abaixo os grilhões do passado”...
(...)
De fato, Poppins mostrou-se a babá mágica, “gentil, divertida e que
sabia promover brincadeiras e passeios”... Exatamente como as crianças
sonhavam.
Não demorou e elas se viram envolvidas em aventuras fantásticas: Entraram
em uma gravura desenhada por Bert (Dick Van Dyke), um tipo conhecido da babá
fantástica e também muito divertido; aos risos, tomaram chá de modo nada convencional
(no teto)...
Arrumar o quarto (ou tomar o
xarope amargo) passou a ser alegre obrigação...
Com
Mary Poppins e o amigo Bert, as crianças aprenderam a valorizar as coisas
simples da vida...
Indicação (livre)
Um abraço,
Prof.Gilberto