sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Filme – As Sufragistas – Terceira Parte - referência a Emily Davison

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2016/02/filme-as-sufragistas-segunda-parte.html antes de ler esta postagem:

As manifestantes se concentraram em frente ao parlamento para ouvir as conclusões da comissão encabeçada pelo deputado Houghton... Elas traziam faixas e tinham palavras de ordem em suas gargantas. A expectativa era grande e muitas se mostravam animadas porque afinal de contas suas reivindicações constavam da “pauta do dia”.
A polícia se fazia presente, pois as autoridades acompanhavam bem de perto as ações das principais lideranças sufragistas.
(...)
O anúncio não foi o que elas esperavam...
As justificativas apresentadas não convenceram... As mulheres foram orientadas a aceitar que “ainda não era momento de participarem de eleições”... Deviam retornar aos seus afazeres.
É claro que elas não estavam nem um pouco dispostas a deixar a praça sem manifestar sua indignação contra os legisladores... Para elas estava claro que aqueles bem vestidos homens não se importavam com a causa e não entendiam suas reivindicações... Eles apenas reforçavam o pensamento vigente de que a aprovação do direito de voto às mulheres representava uma subversão da ordem social...
Elas se revoltaram porque sentiram que os depoimentos e denúncias coletados pela comissão de parlamentares foram manipulados e usados para produzir um documento conservador... Tudo o que a comissão tinha a dizer era que elas deviam se conformar e entender que não havia razão para manifestações radicalizadas.
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Mas se eles esperavam abafar as convicções das sufragistas, logo perceberam o equívoco. De todos os pontos da aglomeração ouviram-se palavras ofensivas contra os parlamentares, que foram chamados de mentirosos... Gritos de “voto para as mulheres” ecoaram e, de repente, a segurança das autoridades pareceu frágil demais... A agitação tornou-se generalizada... A polícia sabia bem que devia perseguir as “mulheres fichadas”.
(...)
Entre as ativistas presas estava Emily Davison (interpretada por Natalie Press), que era uma das principais sufragistas e elo entre os núcleos sufragistas e Emmeline Pankhurst* (interpretada por Meryl Streep).

                  * Emily Davison é personagem real do movimento feminista britânico.
                  Os episódios que marcaram o seu martírio foram reproduzidos para a
                  parte final do filme.
                  Pankhurst, como sabemos, era a liderança que inspirava as
                  militantes em suas reivindicações e vinha defendendo atitudes mais
                  violentas por parte das sufragistas, de modo que suas ações dessem
                  maior visibilidade à causa.

Maud também foi detida e durante a semana em que permaneceu encarcerada conheceu Davison. O enredo de “As Sufragistas” nos leva a entender que seu envolvimento com a causa política se tornou mais sério a partir de então.
(...)
Para as militantes veteranas, a saída da prisão foi festejada... Sempre havia alguém as aguardando no portão e elas eram recebidas com calorosos abraços... Maud chegou à calçada e notou-se solitária... Uma companheira entregou-lhe um broche que celebrava a sua “primeira detenção” pela causa.
Seu retorno para casa foi dos mais difíceis.
Visivelmente, ela se sentia muito envergonhada.
Indicação (14 anos)
Um abraço,
Prof.Gilberto

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