domingo, 21 de fevereiro de 2016

Filme – As Sufragistas – Segunda Parte - referência a Edith New

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2016/02/filme-as-sufragistas-primeira-parte.html antes de ler esta postagem:

Ao chegar em casa, Maud falou ao marido a respeito da manifestação sufragista no centro da cidade... O diálogo deixou claro que ela ignorava o movimento feminista.
Na sequência vemos que Violet Miller chegando atrasada ao trabalho... O supervisor Taylor chamou sua atenção, mas a própria Maud interveio e livrou a colega de maiores problemas ao dar uma desculpa qualquer... Para Miller, a atitude daquela que gozava da confiança dos superiores foi significativa, então ela se sentiu à vontade para se aproximar e fazer proselitismo dos ideais sufragistas inclusive no ambiente de trabalho.
(...)
O engajamento de Maud foi questão de tempo.
Edith New* (interpretada por Helena Bonham Carter) atendia pacientes locais como “clínica geral”. Ela era uma ativista convicta e sempre que podia passava informações a respeito do movimento às mulheres que visitavam o seu consultório... New contava com a colaboração de seu marido, certamente um tipo à frente dos homens de seu tempo.

                         * A personagem do filme foi inspirada por uma sufragista
                        histórica... A verdadeira Edith New (1877-1951) foi mesmo
                        uma famosa sufragista.
                        Durante certo tempo dedicou-se ao Magistério. No
                        começo de 1900 ingressou na União Social e Política das
                        Mulheres (WSPU), liderada por Emmeline Pankhurst... New
                        foi pioneira no engajamento em ações mais radicais. Foi presa,
                        todavia a sua atuação foi aprovada pela própria Pankhurst, que
                        passou a incentivar o vandalismo sufragista para chamar a
                        atenção da sociedade para a causa feminista.


Maud se encontrou com Edith New numa ocasião em que levou o filho George ao consultório... Foi assim que ficou sabendo que poderia participar de reuniões clandestinas em sua casa. 
(...)
Notamos que o movimento das sufragistas repercutia... Embora muitos o considerassem despropositado (e essa era a opinião de muitas mulheres), o Parlamento estava atento às manifestações.
Alice Haughton (Romola Garai), esposa de um deputado que se dispôs a iniciar um debate a respeito das demandas sufragistas no Parlamento, incentivou as militantes a participarem das sessões e a prestarem depoimentos que pudessem sensibilizar e motivar a aprovação do direito de voto às mulheres.
Violet Miller prontificou-se a comparecer e oferecer o seu testemunho à comissão parlamentar... Houve animação por parte das sufragistas, que decidiram apoiar a iniciativa na esperança de verem aprovado o direito que pleiteavam.
Maud decidiu comparecer à audiência...  Mas de mera espectadora, ela acabou assumindo a condição de declarante... É que Violet foi espancada (entre os inimigos das militantes sufragistas estavam os próprios maridos) e as companheiras decidiram que Maud devia substituí-la, já que era a que menos chamava a atenção dos observadores da polícia.
Maud respondeu às perguntas que lhe foram feitas pelos deputados... Suas respostas foram simples e espontâneas... Seu depoimento deixou claro que ela não era sufragista como as que passaram a marcar presença nas praças da cidade e nas agitações marcadas pela quebradeira de vidraças e ataques a automóveis... Todavia suas palavras transmitiram sinceridade. O entendimento geral foi de que o depoimento sensibilizou a comissão, que ficou sabendo que as mulheres começavam a trabalhar muito jovens, que a educação escolar era-lhes impossibilitada e que, embora tivessem de cumprir extenuantes jornadas e executar tarefas insalubres, recebiam salários 1/3 menor do que os dos homens...
(...)
Maud tornou-se reconhecida pelas sufragistas... De sua parte, Sony não compreendia as mudanças que se processavam na esposa...
De fato, ao mesmo tempo em que entendia que tinha de cumprir os seus deveres de mãe e esposa, ela não ignorava sua simpatia pela causa sufragista...
(...)
A ansiedade marcou os dias que antecederam a divulgação dos resultados dos trabalhos da comissão...
Evidentemente Maud não podia deixar de comparecer à concentração organizada pelo movimento para ouvir o que os parlamentares tinham a dizer sobre a conclusão de seus trabalhos a respeito do voto feminino.
Indicação (14 anos)
Um abraço,
Prof.Gilberto

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