Essa produção francesa e belga (Michel
Hazanavidus) é em preto e branco. Bem a propósito da postagem sobre o A Invenção de Hugo Cabret (http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/12/filme-invencao-de-hugo-cabret.html), esse filme também pode ser entendido como uma homenagem ao cinema do
início do século passado. Não é só porque não é colorido que resgata aqueles
tempos... Mudo, O Artista se completa
como tributo ao cinema do passado.
É uma ficção... No início vemos a exibição
de uma grande produção... Trata-se de uma estreia e podemos contemplar o modo
como os filmes eram exibidos em grandes salas (teatros) ornamentadas com
cortinas que escondiam e revelavam a grande tela... A orquestra fazia a trilha
sonora ao vivo... Uma atmosfera bem diversa da que vivenciamos nas salas de
cinema da atualidade...
Pessoas elegantemente
vestidas e atentas assistiam George Valentin (Jean Dujardin), galã e
prestigiado ator do cinema da década de 1920, numa ação que contava com a
participação de seu cão Jack (um animalzinho adestrado, simpático e reconhecido
pelo público também por suas habilidades)... Constance (Missi Pyle) é a bela
atriz da fita que está em seu final... Valentin chega para o evento de gala a
tempo de cumprimentar a todos... Vê-se que está radiante e empolgado com o
sucesso da exibição... Sobe ao palco, faz brincadeiras com Constance e coloca o
seu cãozinho no centro das atenções.
À saída, os fotógrafos aguardam os artistas para os tradicionais
flashes... O mais esperado é Valentin e não são poucas as tietes esperançosas
em tocá-lo. Entre elas está Peppy Miller (Bérénice Bejo)... O acaso aproxima os
dois... A bolsa da moça caiu bem perto de Valentin e ela teve de passar pelo
cordão de isolamento para apanhá-la. É assim que o famoso artista fica de
frente para a desconhecida fã. Ele nota a beleza da garota e a troca de olhares
admirados é inevitável... O episódio, que poderia ser constrangedor, tornou-se
leve e divertido porque Valentin interagiu com ela... De sua parte, correspondendo
o sorriso recebido, Miller fez poses e desenvolveu passos de animada dança...
Os repórteres não perderam a ocasião e fotografaram...
Doris (Penelope Ann
Miller), a esposa de Valentin, o recebe friamente... Vê-se logo que a relação
dos dois não é das melhores. Ela vivia rabiscando as fotografias do –famoso
marido nas revistas... Logo ela pediria a separação...
Quem é essa garota? É o que
diz a manchete do jornal... Peppy Miller acabou conseguindo passar num teste
para figurante e poderá trabalhar no mesmo estúdio de George Valentin... Trazia
consigo o periódico que estampava a fotografia em que aparecia ao lado de seu
ator predileto... Sem dúvida o ocorrido da noite de estreia a colocou em
evidência. Ela o leva como um troféu, um “cartão de apresentação” que orgulhosamente
mostra a todos... Por acaso mostrou a Clifton, o fiel motorista de Valentin, que
esperava pelo patrão... Este não deu mostras de entusiasmo ao exibicionismo da
garota...
O reencontro de Valentin e
Miller se deu mesmo no estúdio... Ele ficou encantado ao revê-la... E foi
graças a ele que a moça conseguiu uma participação no novo filme que faziam...
Tiveram de repetir várias vezes uma cena de troca de pares em que vários casais
dançam num salão... Não sabemos o desfecho da cena porque a cada tomada os dois
se abraçavam para dançar e se desligavam do trabalho.
Peppy
Miller quis agradecer a oportunidade que havia recebido. Então foi ao camarim
de Valentin. Ela registrou no espelho o seu reconhecimento. Por um tempo
permaneceu fazendo graça junto ao cabide que sustentava o paletó do astro, que
a surpreendeu no instante em que simulava ser abraçada por ele...
Indicação (12 anos)
Continua em https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2013/01/filme-o-artista-sonorizacao-sucesso-de.html
Um abraço,
Prof.Gilberto