Em fevereiro deste ano faleceu Moacyr Scliar (73 anos), um escritor gaúcho dos bons... Do Scliar não dá para negar a sua capacidade de escrever com uma capacidade incrível de nos prender a atenção, principalmente pela ironia de muito bom gosto.
De família judaica, formado em Medicina, Scliar era especialista em Saúde Pública... Essas e outras características de sua identidade contribuem para os enredos que escreveu. Era membro da Academia Brasileira de Letras. Ele é conhecido em muitos países, já que várias de suas obras foram traduzidas para muitas outras línguas...
O que mais li de Scliar foram textos que publicou no Caderno Cotidiano da Folha de São Paulo. Eram escritos que “brincavam” com situações cotidianas a partir de manchetes do próprio jornal... As manchetes eram sugestivas, então ele dava prosseguimentos fictícios que nos faziam refletir (e rir bastante) sobre os procedimentos humanos.
Escreveu muito e nos mais diversos gêneros. Alguns de seus textos foram adaptados para a televisão, teatro e o cinema... Para essa semana pretendo escrever aqui sobre uma ficção infanto-juvenil que ele publicou em 1988, O tio que flutuava. Este livrinho, que não é nenhum clássico do autor, chegou-me às mãos quase que por acaso... Encantador, brincalhão sem deixar de ser reflexivo.
Um abraço,
Prof.Gilberto
