Até 30 de agosto.
De terça a domingo: 10:00 - 17:00. Entrada franca.
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O espaço é muito importante, pois destaca a participação africana e afrodescendente na construção de nossa identidade cultural.
E a mostra também é muito importante por revelar uma arte de vanguarda...
E há muito a ser celebrado... Nas várias telas e instalações, a história e
costumes dos povos africanos se escancaram aos nossos olhos. Notamos um “quê”
de denúncia, mas não é só isso.
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Seguem algumas considerações:
A série de fotografias “Os Reis Africanos” (Alfred Weidinger) revela-nos
orgulho... A altivez dos soberanos fotografados está estampada em seus olhares,
e não apenas em suas belas vestes, tronos e cetros.
O telão exibe o desfile de modelos trajando produções de cinco
estilistas africanos. Entre eles, os celebrados Xuly Bët (Mali) e Imane Ayissi
(Camarões)... África do Sul, Nigéria e Quênia também estão representados
respectivamente por Palesa Mokubung, Amaka Maki Osakwe e Jamil Walji.
Do lado do espaço onde está o telão (o evento foi realizado no próprio
museu) estão expostos alguns vestidos apresentados durante o desfile.
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Mais nomes: Ablade Glover
(Gana), Aston (Benin), Bright Ugochukwu Eke (Nigéria), Bruce Clarke
(Inglaterra/África do Sul), Dominique Zinkpè (Benin), El Anatsui (Gana), Gérard
Quenum (Benin), Hector Sonon (Benin), Joël Andrianomearisoa (Madagascar),
Julien Sinzogan (Benin), Kifouli Dossou (Benin), Naomi Wanjiku Gakunga
(Quênia), Nnenna Okore (Nigéria), Owusu-Ankomah (Gana), Rémi Samuz (Benin),
Soly Cissé (Senegal), Rchif (Benin) Yinka Shonibare Bem (Inglaterra/Nigéria),
Yonamine (Angola). Salas especias: Les Arts Premiers, Christian Cravo – Luz
& Sombra (Fotografias) e Alfred Weidinger, Os Reis Africanos (Fotografias).
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A imagem selecionada
para ilustrar este trecho foi extraída de http://arspublica.com.br/arte-contemporanea-da-africa.
A instalação de Dominique
Zinkpè (Benin) faz pensar... Um ambiente escuro... O som das ondas quebrando na
praia enche os nossos ouvidos... À direita e à esquerda, a areia... Temos de
prosseguir à frente pelo centro da sala...
Sobre a areia estão várias sandálias com nomes de pessoas grafados... Acima
das sandálias (arranjados como móbiles) pendem ícones... Eles “flutuam” em
direção à beira mar?
O que vemos na parede do fundo é um filme. Há a praia com uma grande cruz
fincada... Um a um, vários tipos aparecem crucificados nela (homens, mulheres,
negros, brancos...). Entre as imagens de crucificados notamos que alguém (as
próprias pessoas?) escreve nomes próprios em sandálias...
É para pensar...
Cada um carrega a sua "cruz existencial"? É isso?
Mas por que o nosso fim estaria naquelas areias? Por que vamos em
direção àquelas águas? Será que é porque foi a partir delas que a vida se
originou?
O som das ondas quebrando na praia prossegue enchendo
os nossos ouvidos.
Deixamos o ambiente sabendo que as águas continuam chegando à praia.
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Para a próxima postagem vamos reservar umas
linhas para algumas impressões sobre as obras de Aston e Gérard
Quenum (também do Benin) e de Yinka Shonibare Bem (Inglaterra/Nigéria).
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2015/08/africa-africans-arte-contemporanea_24.html
Um abraço,
Prof.Gilberto