sábado, 12 de agosto de 2017

“A Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, de Júlio Verne – da “Coleção eu Leio” – Fogg no comando do Henrietta; o investigador Fix não consegue entender a lógica das ações de seu suspeito; Passepartout empolgado; superando a intempérie na região de Newfoundland

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/08/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_12.html antes de ler esta postagem:

Devemos saber que Fogg conseguiu muito mais do que o transporte para a Europa... Na verdade ele passou a comandar o Henrietta tão logo o navio se afastou da costa.
Acontece que ele manteve-se firme no propósito de dirigir-se a Liverpool... De modo algum desistira da aposta.
Fogg notou que os marinheiros e foguistas não eram tão fiéis ao seu capitão... Seu dinheiro os convenceu a ajudá-lo a tornar-se senhor do navio. Speedy foi trancado em sua cabine enquanto o comando passava para outro chefe...
Aouda nada disse, mas só ela sabia o quanto estava preocupada com o desenrolar dos fatos. Fix continuou confuso, sem conseguir chegar a uma conclusão definitiva a respeito das manobras de Fogg. Passepartout confiava no patrão e achava que suas ações eram as mais acertadas para a ocasião.
(...)
O entusiasmo do francês contagiava a tripulação do Henrietta...
Passepartout contribuía de diversas formas e animava os foguistas. Os rapazes aprovavam o seu modo de ser. Podemos dizer que ele já não se torturava com reflexões sobre os atropelos que protagonizara até então.
O policial Fix não entendia o que estava acontecendo... Como explicar que seu suspeito tivesse decidido subornar a tripulação? Era provável que sua intenção não fosse a de levar o Henrietta até Liverpool...
Fix pensava que, depois de ter roubado 55 mil libras e atravessado quase todo o mundo, era bem provável que Fogg se dirigisse a algum porto onde se sentisse seguro... Talvez o projeto daquele tipo fosse o de se tornar um pirata!
Essa última possibilidade angustiava o investigador... Suas interrogações eram tantas e tão desencontradas que o levavam ao arrependimento por ter iniciado a perseguição.
(...)
O pobre capitão Speedy, preso em sua cabine, berrava como louco.
Passepartout ficou encarregado de cuidar de sua alimentação... Pelo menos isso nunca lhe faltou. Mas podemos imaginar o quanto o proprietário da embarcação sofreu ao se ver encarcerado, excluído do ofício da navegação.
(...)
O Henrietta navegou satisfatoriamente...
No dia 13, quando se aproximou da região mais baixa de Newfoundland, as condições atmosféricas mudaram completamente. O local é marcado por terríveis temporais que ocorrem durante o inverno. A paisagem se torna encoberta e fria. Ventos aterrorizantes desafiam as embarcações mais bem equipadas.
Na medida em que o Henrietta avançou, passageiros e tripulantes notaram o agravamento das condições adversas. Um furacão começou a se formar!
As águas agitadas invadiam o convés... Eventualmente as pás da embarcação balançada pelo mar se elevaram acima da superfície... Passepartout fechou o semblante prevendo o pior...
Phileas Fogg mostrou-se “valente” e. como se fosse marujo dos mais experientes, enfrentou as ondas mantendo pressão nas caldeiras.
(...)
Apesar da violência inicial da intempérie, a atmosfera não se tornou gélida... O maior inconveniente era o fato de os ventos soprarem de sudeste, pois isso impossibilitava a utilização das velas.
Fogg persistiu em sua tática de manter alta pressão nas caldeiras... Pelo visto, ao proceder dessa forma, ele acertou.
No dia 16, sua volta ao mundo completava setenta e cinco dias... Àquela altura, metade do percurso entre Nova York e Liverpool havia se completado e a pior área para a navegação havia sido superada...
Se tivéssemos acesso à sua “planilha de navegação”. Observaríamos que ela não acusava nenhum atraso significativo.
Leia: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto

Páginas