sábado, 12 de agosto de 2017

“A Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, de Júlio Verne – da “Coleção eu Leio” – o capitão Andrew Speedy; um pouco sobre o Henrietta; a negociação possível

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/08/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_10.html antes de ler esta postagem:

O capitão Andrew Speedy tinha fisionomia rabugenta... Cara de poucos amigos e conversa... Contava uns cinquenta anos e tinha os cabelos avermelhados... Tratava-se de um tipo encorpado. Ao apresentar-se, acrescentou que era oriundo de Cardiff.
O homem explicou que partiria para Bordeaux dentro de uma hora. Sua embarcação não levaria qualquer carregamento além das pedras que garantiam a estabilidade em alto-mar (assim o navio partia “lastreado”, este é o termo utilizado pelo capitão).
Fogg quis saber se ele transportava passageiros e ouviu que o Henrietta jamais levava aquele “tipo de carga”, pois se tratava de “mercadoria” que toma muito espaço e se intromete a dar palpites...
(...)
O Henrietta era uma boa embarcação conhecida entre os navegantes mais experientes. Avançava satisfatoriamente (de onze a doze nós)...
Fogg insistiu e perguntou se o senhor Speedy poderia transportá-lo com outras três pessoas até Liverpool. O tipo não o levou a sério... De modo algum daria transporte a ele e aos seus companheiros, ainda mais porque seu destino era Bordeaux e não a Inglaterra.
O inglês ofereceu pagamento e salientou que poderia pagar boa quantia... Speedy mostrou-se irredutível e garantiu que não se sensibilizava com “propostas vultuosas”. Fogg ousou insinuar que na embarcação havia armadores que poderiam se interessar por sua oferta.
Andrew Speedy explicou que ele mesmo era o armador do Henrietta. Fogg disse que gostaria de fretar a embarcação e, como não obteve resposta, emendou que tinha interesse de comprá-la.
(...)
Phileas Fogg enfrentou muitas dificuldades durante sua viagem até aquele ponto... A maioria delas foi superada graças à sua determinação e poder de convencimento... Jamais se recusou lançar mão de dinheiro para conseguir o que necessitava. Mas com Speedy a situação se revelava bem complicada.
O inglês perguntou se o capitão poderia levá-lo a Bordeaux... O homem respondeu que não faria isso nem que lhe pagasse duzentos dólares. Fogg ofereceu dois mil... Andrew Speedy quis saber se aquele valor correspondia ao “ingresso” de cada passageiro... Fogg respondeu que pagaria dois mil dólares por pessoa.
Speedy fez os cálculos... Levaria quatro pessoas sem que precisasse alterar seu roteiro e faturaria oito mil dólares”!
Imediatamente anunciou que partiria às nove horas.
(...)
Fogg deixou o Henrietta às oito e meia... Com sua habitual calma, retornou ao hotel e anunciou aos companheiros de viagem que logo estariam zarpando para a Europa.
Mais uma vez Fix aceitou o convite sem criar caso por ter sua “passagem” paga pelo outro.
Já no navio, Passepartout não escondeu o seu espanto ao saber do exorbitante valor tratado pelo patrão para garantir a travessia. Fix pensou na grande soma “subtraída” do Bank of England que estava sendo desperdiçada pelo “ladrão”.
(...)
O Henrietta navegou por Long Island e logo tomou o rumo leste.
Leia: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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