Por mais que procurasse, Fogg não encontraria navios que fizessem a linha de seu interesse. E companhias com os mais variados tipos de navios é que não faltavam (transatlânticos franceses, navios da White Star Line, vapores da Cia Imman, os que pertenciam à linha Hamburguesa...)!
Da companhia francesa “Pereire” esperava-se a saída de um grande navio no dia 14... Ainda assim, seu destino não era Londres ou Liverpool, mas o Havre e, de lá, Southampton.
Seria necessário buscar uma alternativa, pois essa última opção significava sacramentar a tese dos apostadores do Reform Club de que não era possível dar a volta ao mundo em oitenta dias.
Havia navios muito lentos. Esse era o caso do “City of Paris”, da Cia Imman que, além de transportar emigrantes, tinha máquinas muito fracas.
(...)
Passepartout não se
conformava... Sentia-se culpado por terem perdido o navio para Liverpool... Por
45 minutos! Pensou que sua participação na viagem não contribuía em nada. Pelo
contrário! Mesmo involuntariamente, havia sido responsável por todos os incidentes.
Fogg
continuava o mesmo... Não se exaltava ou responsabilizava alguém por seu
infortúnio. Disse apenas que no dia seguinte resolveriam tudo.
Uma balsa os levou
para o outro lado do Hudson. Hospedaram-se no Hotel São Nicolau, na Broadway.
(...)
Fogg descansou como
se nada de grave tivesse ocorrido. Aouda teve uma noite agitada por pensamentos
sobre o atraso da viagem. O mesmo ocorreu com Passepartout.
O trecho do texto não
faz qualquer referência ao policial Fix.
(...)
O “China” era um dos
navios mais velozes da Cunard... Caso Phileas Fogg o tivesse alcançado,
chegaria a Liverpool e depois a Londres com tempo de vencer a aposta.
Mas já era dia 12 de dezembro e ainda estavam em Nova York!
Logo pela manhã, às sete horas, Fogg retirou-se do hotel... Ele sabia
que restavam-lhe apenas nove dias e mais treze horas e quarenta e cinco minutos
(como sabemos, teria de chegar ao Reform Club até as oito e quarenta e cinco da
noite de 21 de dezembro se quisesse vencer o desafio).
Antes de sair, o inglês orientou o seu criado a
avisar Aouda para manter-se alerta a respeito de qualquer novidade que pudesse
surgir a respeito da continuidade da viagem.
Ele seguiu às margens
do Hudson. Verificou as várias embarcações e deteve-se diante dos navios que
estavam prestes a partir e que aguardavam apenas a subida da maré..
(...)
Nova York possuía um porto concorrido, e não menos do que cem navios deixavam
aquela metrópole em direção às mais diversas localidades do mundo... O dado
desanimador era o fato de a maioria deles serem a vela.
Foi por acaso que Phileas Fogg avistou um navio a hélice... Notou que a
embarcação era utilizada para transporte de cargas. A fumaça que saía da
chaminé dava a entender que o momento de sua partida estava chegando.
Fogg
pediu a um canoeiro para levá-lo até o Henrietta... Este era o nome do navio,
que tinha casco de ferro e a parte superior em madeira.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/08/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_12.html
Leia: A
Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto