Logo à entrada o visitante era convidado a responder o que conhece a respeito de Santos Dumont... Todos sabem algo a respeito dele. Sem dúvida as respostas mais comuns eram que ele é “o pai da aviação” e “o inventor do 14-Bis”.
A exposição nos levava a embasar ainda mais o que conhecemos e também a acrescentar outras percepções... À saída tínhamos a oportunidade de responder à mesma questão proposta à entrada.
O público pôde contemplar documentos interessantíssimos... Vídeos, fotografias, fragmentos de jornais, postais, modelos reduzidos de balões, do 14-Bis e de outros inventos como o lançador de boias aos banhistas em risco de afogamento nos dão uma ideia da genialidade criativa de Santos-Dumont...
Essas peças todas são do acervo do Instituto... Um dos objetos, o “conversor marciano”, uma “mochila metálica” que tinha o propósito de ajudar o esquiador na subida das montanhas, foi emprestado pela Fundação Santos Dumont.
(...)
O avô paterno de Alberto Santos-Dumont era um francês (François Dumont)
que durante o século XIX resolveu instalar-se na região de Diamantina (Minas
Gerais). Por aquela época muitos europeus resolveram se transferir para o
Brasil, onde buscavam prosperar em lavras de diamantes. François Dumont era
joalheiro, então a escolha do lugar não foi por acaso...
Após a morte de François Dumont, seu filho Henrique
foi encaminhado aos estudos de Física e Matemática... Estudou na França e,
formado em engenharia, apaixonou-se por mecânica...
A sociedade vivia tempos de euforia marcados pelas conquistas
científicas e tecnológicas... Eram os tempos da Belle Époque. É verdade que o senhor Henrique procurou adquirir
terras para a extração mineral logo que retornou ao Brasil... Todavia a
escassez de pedras preciosas o levou a projetos de obras públicas (navegação,
ferrovias...). Mais tarde a produção cafeeira tornou-se opção. Isso foi mais ou
menos após o nascimento de Alberto Santos Dumont.
(...)
Ele foi o sétimo filho de Henrique Dumont com Francisca dos Santos (essa
informação foi retirada da antiga coleção "grandes Personagens da Nossa
História", Editora Abril; outras fontes dão a entender que ele foi o sexto filho do casal).
Nasceu no dia 20 de julho de 1873 na fazenda Cabangu (localizada numa área onde
se desenvolveu o município de Palmyra, que desde 1932 passou a se chamar Santos
Dumont em homenagem ao ilustre filho do lugar).
Depois de juntar algum dinheiro, Henrique adquiriu terras em Ribeirão
Preto... Além dos escravos, a fazenda contava com imigrantes europeus
assalariados e o que havia de mais moderno em termos de maquinaria.
A exposição salientou que a
infância de Alberto Santos Dumont foi de encanto pelas máquinas da fazenda
(descascadora, ensacadora, e várias outras)... Brincava com as máquinas e lia
os livros de Júlio Verne... A ideia de que um dia o ser humano conseguiria voar
foi forjada por esse tempo. Não é por acaso que a exposição exibiu alguns livros
e gravuras que ilustravam as obras de Verne...
(...)
As festividades juninas em celebração a São
João, Santo Antônio e São Pedro eram das mais animadas... Fogueiras e balões
faziam a alegria da criançada. Já naquela época Santos Dumont imaginava
possibilidades.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/02/santos-dumont-na-colecao-brasiliana_5.html
Um abraço,
Prof.Gilberto