A obra original foi publicada em 1873 e, tornou-se uma das de maior reconhecimento do público quando se trata do gênero aventura.
Heloisa Jahn elaborou a tradução deste volume.
(...)
A história se inicia na Londres de 1872 e
evidentemente tem o seu desenvolvimento situado em diversas regiões do planeta.
No primeiro capítulo temos uma apresentação detalhada do protagonista
Phileas Fogg. O cavalheiro solteiro era conhecido por sua “existência
silenciosa”. Homem de raros amigos, chamava a atenção por sua elegância,
fortuna e cotidiano rigidamente regrado. Era membro do Reform Club, o qual
fazia questão de frequentar diariamente.
Sobre o Reform Club vale dizer que se tratava de uma
agremiação que reunia importantes cavalheiros da aristocracia que participavam
regularmente de eventos promovidos por instituições de relevância social. Este
não era o caso de Fogg. Ele não era “figura carimbada” nas ocasiões mais
concorridas pela alta sociedade.
Por tudo o que foi afirmado anteriormente é natural que sua
personalidade despertasse especulações diversas, entre elas a de que fosse
possuidor de considerável fortuna, já que sempre quitava suas contas a partir
de débito em sua conta corrente. Como não se dispusesse a falar a esse
respeito, não se sabia como obtivera os seus recursos.
Se tratava de um tipo sábio
e muito viajado.... Apesar de o considerarem misterioso e excêntrico quanto aos
cumprimentos dos horários a que se propunha, era tido como um “bom inglês”.
Seus passatempos regulares resumiam-se à leitura dos jornais e às
partidas de uíste no Reform Club, onde permanecia diariamente desde o almoço até
meia-noite. Participava das partidas valendo dinheiro, mas não com a finalidade
de embolsá-lo. Normalmente saía-se vencedor nos jogos, mas destinava o que
ganhava à caridade.
(...)
Após a apresentação de Phileas Fogg temos o início do enredo propriamente
dito.
Ele acabara de demitir seu
empregado, James Foster, que errara ao deixar mais fria (em alguns graus) a
temperatura da água que usava para se barbear.
Homem tão afeito aos
horários não podia permitir-se ficar sem um assistente. É por isso que já havia
contatado um candidato ao emprego.
Jean Passepartout é o jovem
francês que se apresenta ao número 7 da Saville Row, onde vivia o excêntrico
Phileas Fogg. Sobre este rapaz, podemos dizer que se tratava de um sujeito
honesto e de vasto currículo (cantor ambulante, acrobata de circo, professor de
ginástica, sargento do corpo de bombeiros...). Já fazia cinco anos que vivia na
Inglaterra onde trabalhava como empregado.... De certa forma ainda não se
estabilizara devido aos hábitos inconstantes de seus empregadores.
Ao saber das
características de Fogg, Passepartout decidiu oferecer-se ao cargo na esperança
de iniciar um trabalho mais estável e meticuloso.
Fogg ouviu a
apresentação que o candidato fez de si mesmo e comentou que havia recebido boas
referências sobre ele. Ele quis saber se Passepartout sabia de suas exigências.
O rapaz garantiu que sim.
Na sequência o aristocrata perguntou as horas que o relógio do outro
marcava... Passepartout retirou um antigo relógio de prata de sua algibeira e
respondeu. Fogg o advertiu sobre a incorreção da hora atrasada.
Após a correção de horário, Fogg declara
oficialmente Passepartout contratado e logo em seguida, às 9:30, retirou-se do aposento... Às 11:30 se retiraria em direção ao Reform Club.
* Postagens dessa sequência
são parceria de Mariana & Gilberto
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/01/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_14.html
Leia: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção
“Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto