sexta-feira, 31 de outubro de 2014

“Androides sonham com ovelhas elétricas?”, de Philip K. Dick – Garland se irritou ao saber que seu nome fazia parte da lista de Deckard; para o caçador de recompensas, Phil Resch, o chefe era suspeito; Polokov era mesmo um humanoide; certezas e dúvidas

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/10/androides-sonham-com-ovelhas-eletricas_31.html antes de ler esta postagem:

Deckard conferiu as fichas e constatou que Garland estava certo... Ele era mesmo o terceiro na lista dos andys que deviam ser “aposentados”.
Surpreso, Garland pôs-se a falar sobre o que estava pensando... Pelo interfone solicitou que chamassem Phil Resch, um dos caçadores de recompensas... Sua intenção era descobrir se Resch possuía uma lista de andys procurados... Imaginava que o nome de Deckard estivesse nela.
Deckard entendia que não seria mesmo improvável encontrar o seu nome numa lista que o caçador “daquele departamento” possuísse.
(...)
Mais interessado na ficha com as suas informações, Garland começou a falar a respeito dos dados ali encontrados. Todos eles estavam corretos, menos a informação a respeito de sua ocupação... Em vez de “inspetor de polícia”, a ficha o apresentava como “corretor de seguros”.
(...)
Phil Resch chegou... Garland apresentou os caçadores de recompensas um ao outro... Resch perguntou a Rick em qual local ele trabalhava... Garland, que ainda estava com a ficha em mãos, foi adiantando que era em São Francisco.
O chefe entregou a Resch a ficha em que aparecia como alvo de Deckard... Foi acrescentando que Polokov estava morto e que a srta. Luft também deveria ser “aposentada” pelo estranho.
Resch se espantou com a novidade... Ele conhecia aqueles tipos... Mas foi dizendo que sempre considerou Polokov um “tipo frio e calculista”... Garland o interrompeu dizendo que aquilo não significava nada... E justificou dizendo que os policiais soviéticos que conhecia tinham esse tipo de postura...
Para Resch isso também fazia sentido... Raciocinou que, de fato, infiltrar-se entre policiais da WPO devia ser altamente eficiente para um humanoide que não quisesse ser descoberto.
Em relação à srta. Luft, Resch nada tinha a dizer... É que, além de ouvir seus discos e saber que se tratava de talentosa cantora lírica, não a conhecia mais de perto.
Ele perguntou a Deckard se havia realizado algum teste com ela...
Deckard explicou que o teste havia sido começado, mas não pôde precisar nenhum resultado por causa das interrupções provocadas por ela... E aconteceu que ela chamou a polícia... Ressaltou ainda que o “aposentado” Polokov também não havia sido testado por ele.
Resch ouviu com atenção e depois perguntou se Deckard havia testado o senhor Garland... O chefe rechaçou a ideia, que considerou absurda.
(...)
Podemos notar que Phil Resch se interessou por Deckard e pelas informações que ele trazia, então lhe pediu informações a respeito da metodologia que utilizava... Mais uma vez vemos Deckard explicando sobre a Escala Voigt-Kampff...
É claro que Resch não a conhecia e concluiu suas impressões dizendo que sempre quisera investigar Polokov, mas nunca o testara por falta de oportunidade... Nesse instante, o chefe Garland perguntou se também ele despertava alguma suspeita... Resch nada respondeu, mas o seu silêncio foi uma indicação de que não o via sem reservas.
Nervosamente, Garland começou a dizer que seu subalterno não podia confundir as coisas... Diante deles estava um tipo que se dizia vir de uma “agência fictícia” localizada “no antigo prédio da Lombard”... Estava claro (era isso o que o chefe queria deixar estabelecido) que a lista de Deckard não continha androides... Ele era um assassino! Só chegaram a ele graças a srta. Luft... Não fosse assim, muito provavelmente aquele criminoso estaria em seu próprio encalço.
(...)
Resch não se mostrou sensibilizado pelas palavras do chefe... Garland se irritou... No mesmo instante, a secretária informou pelo interfone que o laboratório havia concluído o exame de medula óssea do Polokov... O resultado deu positivo para “robô humanoide”...
Ao ouvir a conversa, Deckard demonstrou satisfação... Enfim não poderiam incriminá-lo, e ele podia ter certeza de que suas ações haviam sido baseadas na “realidade verdadeira”.
De sua parte, Garland silenciou... Não quis ouvir outros detalhes do exame. Resch perguntou mais uma vez a respeito do teste Voigt-Kampff... Quis saber de Rick outros detalhes sobre a sua base.
Leia: Androides sonham com ovelhas elétricas? Editora Aleph.
Um abraço
Prof.Gilberto

“Androides sonham com ovelhas elétricas?”, de Philip K. Dick – Garland entrevista Deckard e quer mostrar que ele está em difícil situação; o inspetor da “realidade paralela” verificou os documentos que Deckard carregava, interessou-se pela Escala Voigt-Kampff e pelas fichas dos perseguidos; uma surpresa inconveniente

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/10/androides-sonham-com-ovelhas-eletricas_30.html antes de ler esta postagem:

Deckard trabalhava para o departamento de polícia de São Francisco... Era um policial caçador de recompensas... Vimos que recebera a missão de perseguir unidades Nexus-6 que fugiram para a Terra... Isso não era simples porque antes de “aposentar um andy” devia testá-lo até diagnosticá-lo com segurança.
Polokov, o primeiro de sua lista, passou-se por agente da WPO (Kadalyi) e quase o tirou de circulação, como já havia feito com Dave Holden... Apesar disso, o humanoide foi “retirado” com sucesso.
Os problemas começaram quando passou a lidar com Luba Luft, que se apresentava como cantora lírica... Em seu camarim na Casa de Ópera, opôs tremenda resistência ao teste e chamou a polícia para livrá-la do assédio de Deckard.
Poderíamos imaginar que a intervenção policial tornaria a situação favorável a ele... Isso seria razoável. No entanto Deckard se viu “numa realidade paralela” onde não era reconhecido pelas autoridades... Em vez do conhecido Palácio de Justiça localizado na Lombard, foi encaminhado pelo policial Crams a um prédio espetacular na Mission...
Os procedimentos policiais eram os mesmos.
Estaria fazendo parte de um sonho absurdo?
Procurando um pouco de racionalidade, imaginou-se vítima de um plano macabro engendrado pelos Nexus-6.
(...)
Deckard foi entregue ao Oficial Garland. Ele não tinha a menor ideia do que poderia ocorrer...
Garland interessou-se pelo material que ele carregava na pasta... Deckard esclareceu que trazia as questões que pertenciam ao padrão Voigt-Kampff e fichas dos suspeitos que devia perseguir.
O oficial o interrompeu querendo saber se ele conhecia George Gleason e Phil Resch... Obviamente Deckard não tinha a menor ideia de quem podiam ser... Garland explicou que os dois eram caçadores de recompensa do norte californiano.
Garland perguntou se ele era um androide e emendou que o melhor a se fazer era colocá-lo à disposição de Gleason e Resch... E justificou dizendo que aquele procedimento não era incomum, pois o departamento recebia muitos fugitivos que, devidamente averiguados, se revelavam humanoides.
Com convicção, Deckard assumiu que era um humano normal... Garantiu que podia se submeter ao teste com segurança... Disse isso e solicitou um telefonema.
Garland perguntou se ele não gostaria de contatar um advogado... Deckard respondeu que tinha interesse em falar com a esposa e, se fosse o caso, ela lhe conseguiria um advogado...
O próprio Garland arranjou-lhe uma moeda de 50 centavos para que pudesse ligar... Aconteceu que o rosto que surgiu na tela não tinha nada a ver com Iran... Deckard pensou que isso só podia fazer parte da situação absurda que estava experimentando, então desligou o aparelho e voltou-se para o inspetor. O tipo concluiu que ele estava sem sorte, e lamentou que sequer pudesse solicitar um fiador... Dando a entender que pretendia animá-lo, mas não sem ironia, disse que quando fosse indiciado certamente as coisas mudariam.
(...)
Garland devolveu a pasta a Deckard e o conduziu ao seu escritório... Fez perguntas sobre o teste Voigt-Kampff... Deckard explicou que se tratava do único mecanismo com eficiência comprovada na identificação das unidades Nexus-6. É claro que o inspetor não conhecia a Escala, tornou-se pensativo e falou sobre as cópias de carbono que continham as fichas dos elementos a serem caçados... Polokov, srta. Luft...
Surpreendentemente, o próximo da lista era ele mesmo, o próprio Garland.
Leia: Androides sonham com ovelhas elétricas? Editora Aleph.
Um abraço,
Prof.Gilberto

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

“Androides sonham com ovelhas elétricas?”, de Philip K. Dick – duas “realidades paralelas”; onde se existe verdadeiramente? Deckard, caça ou caçador?

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/10/androides-sonham-com-ovelhas-eletricas_29.html antes de ler esta postagem:

Podemos notar que Deckard encontra-se em uma situação confusa demais... Depois que a srta. Luba Luft acionou a polícia, ele caiu como que numa ”trama paralela”... De perseguidor passou a suspeito... O tira Crams disse-lhe que conhecia todos os caçadores de recompensa da região! Então como é que podia não conhecê-lo?
Seriam humanoides todos ali? Seria ele um androide, como Luba dissera ao provocá-lo?
Ninguém conhecia Harry Bryant... Os restos mortais em seu hovercar seriam investigados e, se o resultado do exame desse em negativo para “androide”, Deckard estaria em maus lençóis...
Crams o conduziria ao Palácio de Justiça... Mas a direção tomada era a oposta...
Algo como um sonho ruim parecia estar ocorrendo.
(...)
A direção sul simplesmente não fazia sentido algum... Deckard insistia que o Palácio ficava na Lombard... Depois que Crams disse que o endereço citado era do antigo prédio arruinado, Deckard insistiu para que o levasse até lá... Queria conferir a informação, pois ela negava a sua rotina diária! Era lá que trabalhava!
Em apenas três minutos poderiam chegar no “antigo” Palácio da Justiça... Mas Crams não deu crédito às palavras de Deckard... Sem levar em consideração as preocupações do outro, cogitou que talvez ele fosse um androide com memórias falsas embutidas... Seria possível? E perguntou se ele já havia pensado a este respeito.
Ao notar que Crams conduzia o veículo para o sul, resignou-se... Nada mais podia fazer, além de aguardar o curso dos acontecimentos...
Cada vez mais se imaginava envolvido num macabro plano androide...
O havercar policial chegou à Mission e preparou-se para a aterrissagem.
(...)
O oficial Crams levou Deckard a um moderno e “espiralado” edifício... O imenso prédio na Mission Street nunca havia sido visto por ele... Algo fantástico de se observar do alto.
Em pouco tempo Deckard foi identificado e levado para local reservado onde, entre outras verificações, conferiram seu “padrão cefálico”... Em seu tempo de “policial fardado”, levara muitos suspeitos para ambientes como aquele.
Apesar de considerar familiares os vários procedimentos ali realizados, não tinha a menor ideia de quem fossem aqueles tipos... E o lugar, então? Jamais ouvira falar daquelas instalações!
Além do mais, aqueles agentes todos não o conheciam e nem conheciam o Departamento que ele tinha por oficial... Era muito estranho ter de aceitar de repente que existiam “duas agências policiais paralelas”...
(...)
O oficial Garland não usava farda...
Ele perguntou ao Crams quem era aquele que havia sido conduzido por ele... Crams disse que se tratava de um suspeito de homicídio... Explicou que Deckard alegava que sua vítima era um androide... Depois completou garantindo que isso também estava sendo verificado...
Crams despejou as informações sobre Deckard e não poupou sua ironia ao relatar que ele se passava por policial e caçador de recompensas, sendo essa a forma que encontrou para acessar o camarim de uma bela cantora lírica e fazer-lhe perguntas obscenas.
Deckard foi entregue aos cuidados de Garland, que daria prosseguimento ao caso...
Algumas surpresas nos aguardam...
Por enquanto devemos saber que sua atenção caiu sobre a pasta de Deckard, que teve de explicar que era material para o “teste de personalidade Voigt-Kampff”, e que faria o teste num suspeito quando foi apreendido por Crams.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/10/androides-sonham-com-ovelhas-eletricas_31.html
Leia: Androides sonham com ovelhas elétricas? Editora Aleph.
Um abraço,
Prof.Gilberto

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

“Androides sonham com ovelhas elétricas?”, de Philip K. Dick – de repente não é mais possível recorrer ao inspetor Bryant; o oficial Crams conduz Deckard ao Palácio de Justiça; a situação torna-se cada vez mais absurda

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/10/androides-sonham-com-ovelhas-eletricas_28.html antes de ler esta postagem:

O policial Crams fazia perguntas para Luba Luft enquanto Deckard ligava para Bryant...
O rosto de Harry Bryant apareceu na tela... Rick começou a explicar a confusão que estava ocorrendo, também em relação à sua dificuldade em convencer ao “suposto patrulheiro” sobre sua identidade... Emendou que também ele, Bryant, não era conhecido por Crams...
Bryant pediu para falar com o oficial Crams... Deckard o chamou... Crams pegou o fone e se anunciou... Porém não obteve nenhuma resposta... Na tela já não se via nenhum rosto.
Deckard tomou o aparelho novamente e fez nova chamada... Dessa vez ninguém atendeu.
Tudo muito confuso.
(...)
Depois foi a vez de Crams fazer uma chamada. Deu para ouvir que ele perguntava se havia algum Bryant no departamento... Perguntou também a respeito do caçador de recompensas, Rick Deckard... Tinham certeza?
Crams desligou o vidfone depois de afirmar que estava tudo bem...
Deckard estava inconformado... Acreditava que o aparelho devia estar com algum problema...
Crams não lhe deu ouvidos... Disse que estava com o depoimento da srta. Luft e que o conduziria até o Palácio de Justiça... Deckard não se opôs e disse que retornaria para terminar o teste.
Luba Luft protestou dizendo que ele não passava de um pervertido...
(...)
Deckard desejava que a situação se esclarecesse o quanto antes... Seguiu para a porta com a sua pasta... Crams resolveu que o revistaria e, além de sua pistola de serviço, confiscou o tubo de laser... Verificou que a arma havia sido disparada recentemente...
Rick esclareceu que tinha acabado de “aposentar” um andy... Os restos da “coisa” podiam ser vistas na hovercar... Crams quis conferir e, enquanto saíam, a srta. Luft insistiu que não queria que Deckard retornasse... A esse respeito, o oficial garantiu que se houvesse mesmo alguém morto no carro certamente ele não voltaria.
(...)
Deckard tentou explicar que saíra a campo para eliminar androides... Crams abriu a porta do carro e observou com atenção o cadáver de Polokov... Pelo rádio do veículo policial chamou alguém para retirar o corpo.
(...)
O hovercar conduzido por Crams levantou voo e se dirigiu para o sul... Deckard protestou advertindo que o Palácio de Justiça ficava na Lombard, portanto, na direção norte. Crams respondeu que ele só podia estar falando do “antigo Palácio de Justiça”, um prédio desativado há muito tempo e em ruínas...
Mas que coisa estranha!
Deckard pediu que o levasse até lá... Aquela conversa simplesmente não fazia o menor sentido para ele... Então imaginou que se tornara vítima de uma complicada trama dos androides... Provavelmente não terminaria poupado por eles.
Crams não lhe deu ouvido... Passou a dizer que a srta. Luft era muito bonita e lamentou que o figurino que usava no ensaio não permitisse que seu corpo fosse contemplado...
À beira do desespero, Deckard “abriu o jogo” e pediu ao oficial que confessasse que era um androide... Crams perguntou-lhe por que faria uma coisa dessas... Perguntou também a respeito do ofício de Deckard e se ele achava correto “sair por aí” atirando nas pessoas por considerá-las androides...
Estava claro... Crams dava total razão a srta. Luft.
Leia: Androides sonham com ovelhas elétricas? Editora Aleph.
Um abraço,
Prof.Gilberto

terça-feira, 28 de outubro de 2014

“Androides sonham com ovelhas elétricas?”, de Philip K. Dick – Luba Luft chama a polícia; o oficial Crams não conhece Deckard; o “caçador de recompensas” se vê em situação absurda

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/10/androides-sonham-com-ovelhas-eletricas_27.html antes de ler esta postagem:

As questões apresentadas por Deckard à srta. Luba Luft deixavam-na confusa... Ela devolvia-lhe várias dúvidas... Isso prejudicava o teste e é por isso que ele estava muito insatisfeito... Sabemos que o seu objetivo era o de identificar o mais rápido possível o andy e eliminá-lo na sequência.
(...)
Irritada, Luba Luft esfregou o rosto, e esse seu movimento acabou descolando os terminais que estavam em contato com sua face... Ao tentar recuperar o disco adesivo que havia caído no chão, seu figurino rasgou...
Deckard ajoelhou-se e passou a tatear abaixo da penteadeira em busca do acessório... No instante em que o recuperou e se levantou, viu que Luba apontava um tubo laser contra a sua cabeça...
Luba Luft se mostrou bem agressiva e justificou que as perguntas que lhe eram feitas não tinham nada de investigação policial... Reclamou que Deckard parecia um “pervertido sexual”... Ele quis tranquilizá-la apresentando sua identificação policial... Ao levar a mão ao bolso notou que ela tremeu de modo semelhante ao que tinha acontecido com Polokov.
A andy cantora lírica ameaçou Deckard de morte... Aquilo podia, de fato, ocorrer... Ele lembrou-se de Rachael e de sua oferta de ajuda... Será que a caçada ao segundo Nexus-6 da lista podia ser diferente?
(...)
Acuado, Deckard teve de atender às exigências de Luba... A situação se invertera consideravelmente...
(...)
Luba quis conhecer as próximas questões a que seria submetida... Pegou as folhas e leu a respeito da situação em que se via lendo uma revista que continha a fotografia de uma mulher nua...Nova leitura e ela se deparou com a questão em que engravidava de um tipo qualquer e depois fazia um aborto...
(...)
Luba não escondia a sua indignação... Resolveu que chamaria a polícia. Ainda com o tubo a laser em mãos, dirigiu-se ao vidfone e solicitou o Departamento de Polícia de São Francisco... Disse que precisava da presença de um policial em seu camarim na Casa de Ópera.
Deckard sentiu-se aliviado... Pensou que, daquela forma, tudo se resolveria a seu favor. E ficou tão satisfeito que acabou dizendo isso a Luba... Depois pensou que ela tivesse convicção de que fosse verdadeiramente humana...
(...)
Não demorou e um policial devidamente uniformizado e identificado apareceu no camarim... Este tipo era o oficial Crams... Ele pediu para a atriz guardar a arma... Ela entregou-lhe o tubo e explicou o que havia ocorrido desde o momento em que Deckard havia entrado querendo fazer-lhe perguntas... Disse que não pensou que houvesse nada de errado, mas de repente sua pesquisa revelou-se obscena.
Crams pediu os documentos de Deckard... Ele explicou que era “um caçador de recompensas no departamento”. O outro deixou claro que conhecia todos os caçadores de recompensa da região... Deckard completou que seu chefe era Harry Bryant, e que havia assumido o serviço iniciado por Deve Holden, que estava no hospital.
Deckard falou essas coisas esperando que elas esclarecessem tudo... Mas a situação começou a ficar estranha quando Crams devolveu-lhe a identificação e garantiu que nunca tinha ouvido falar dele.
Deckard pediu permissão para ligar para Bryant... Crams disse que também não tinha a menor ideia de quem era Bryant...
(...)
O que Deckard podia fazer?
Disparou para Crams que ele só podia ser um androide do mesmo modo que a srta. Luft... Depois tomou posse do vidfone e deixou claro que ligaria para o seu chefe... Crams ia fornecer-lhe o número, mas Rick garantiu que não era necessário porque ele sabia muito bem.
Ao mesmo tempo em que se mostrava ríspido em sua fala com Crams, Deckard temia pelo desfecho daquela situação absurda.
Leia: Androides sonham com ovelhas elétricas? Editora Aleph.
Um abraço,
Prof.Gilberto

Páginas