sábado, 30 de julho de 2011

Folha de areca - um abajur

Estou deixando mais este experimento com folhas de areca. Temos aí um abajur (quebra-luz?)...
Tratei dessas folhas há um bom tempo. Foram as primeiras que me inspiraram a fazer algo em vez de colocá-las na lixeira. No início, depois de limpá-las e envernizá-las, montei uma espécie de “escultura”... É uma pena que não tenha fotografado porque ela ficou bem engraçada... Algo que, de qualquer modo que procurava acomodar, não parecia “ornar” com nenhum ambiente.

Desmontei a “escultura” que, na base, contava com um antigo xaxim preservado (é claro que darei outro destino a ele)... Resolvi colocar o soquete e a fiação, fiz a amarração com um antigo cadarço num “abandonado” cachepô... Para “enfeitar” mais, coloquei umas cascas que dizem ser de uma espécie de estrela-do-mar... Deu nisso aí.
Um abraço,
Prof.Gilberto

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Filme: O Grande Desafio - Terceira Parte

Talvez seja melhor você acessar http://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/07/filme-o-grande-desafio-segunda-parte.html antes de ler esta postagem.


As vitórias dos debatedores de Wiley eram um acontecimento... Todos se empolgavam com os resultados e as comemorações na cidade eram contagiantes... Farmer Sr. reconhecia os esforços do professor e de toda a equipe. Aos poucos a relação com o filho melhorou. Os membros da equipe tornavam-se mais próximos. Era evidente que Samantha exercia atração sobre o rebelde Henry Lowe... O garoto Farmer Jr. também sentia algo mais que simples amizade pela moça... Mostras de ciúme tornaram-se comuns. Alheio às vaidades dos membros da equipe, que havia conquistado o título de campeã da “Conferência”, o professor Tolson interessava-se cada vez mais em enviar desafios às universidades. Com a ajuda da esposa enviava dezenas de cartas...
De sua parte, a polícia local chegou à conclusão sobre as reuniões sindicais secretas... Recorrendo à tortura de trabalhadores locais, o xerife ficou sabendo da liderança exercida pelo professor Tolson.
Num jantar para os alunos da equipe de debates, Tolson comunica que a Universidade (para brancos) de Oklahoma havia aceitado o convite para um próximo debate. O clima estava bem amistoso até que Hamilton Burgess manifestou a insatisfação de seus pais em relação aos boatos que ouviam sobre o professor. Já fazia algum tempo que a comunidade local comentava sobre as atividades perigosas e mal vistas de Tolson. Burgess deixa bem claro que tem de ter certeza de que o mestre não é um comunista... Porém o professor não faz uma afirmação contundente... Essa atitude leva Burgess a declarar-se fora do grupo de debatedores. É claro que isso gera um profundo mal estar.
Com a saída de Burgess, que era titular, Samantha fica com a incumbência de acompanhar Lowe... O debate ocorre fora do campus e a situação foi muito tensa... A maioria dos presentes era de brancos, mesmo assim os moços de Wiley não se intimidaram com o tema Negros deviam ser admitidos em Universidades Públicas. Com brilhantes intervenções de Samantha, Wiley sai-se mais uma vez vencedora num debate. Aqui talvez seja interessante observar que as instituições de ensino para negros eram invariavelmente contribuições de congregações religiosas, como a Metodista.
Nova comemoração e Lowe, enfim, convida Samantha para um passeio de canoa num lago próximo à choupana onde vive... O encontro é romântico (de fotografia muito bonita)... Passam a noite juntos... Na manhã seguinte, Farmer Jr. aparece com a banda da faculdade para despertar Lowe e convidá-lo para buscar Tolson e Samantha para um comício no campus... O garoto, que nutria paixão secreta pela moça, percebeu que os dois compartilharam o mesmo ambiente a noite inteira...
O professor é uma “alegria só” ao comunicar que outras universidades querem debater com sua jovem equipe, mas ele não sabe que o clima já não é tão amistoso entre seus membros... Farmer Jr. reivindica participação direta no debate e fala em tom agressivo com Samantha. É neste momento de manifestados melindres que a polícia do Texas aparece para algemar e levar o professor Tolson para a prisão. A sequência é de manifestações populares em frente à delegacia... A população liderada pelo pastor Farmer Sr. exige a libertação do professor... Farmer Sr. procura mostrar ao xerife que o melhor a fazer é libertar Tolson, ele mostra que foi o xerife que cometeu uma ilegalidade ao invadir e agredir os que estavam reunidos para debate sindical...
Tolson foi libertado sob aplausos... Mas tornou-se um tipo vigiado pela Lei local... As universidades começaram a cancelar as propostas de debates. Tolson estava sendo boicotado... No meio acadêmico entendiam que a mobilização sindical não era sua tarefa... Ele comunica isso aos pupilos, mas leva-os a perceber que o momento não é de desistência, mas sim de persistir... E debater em Harvard, mas para isso deviam vencer outras duas das melhores universidades para negros.


À noite, no caminho para o novo debate, o professor e seus debatedores presenciam um linchamento e enforcamento de um negro por um grupo racista... O carro do professor é descoberto e eles são perseguidos. Conseguem escapar e chegam ao local onde passariam a noite... As cenas de brutalidade estão nas mentes dos jovens e é Henry Lowe quem não consegue se conter... Retira-se para a boemia como forma de “descontar” na bebida e em garotas locais a sua fúria. Ele retorna na alta madrugada, Samantha não aceita a atitude dele, ela ficou abalada porque estava se envolvendo emocionalmente e sentiu-se traída... Resolve abandonar o grupo. Farmer Jr., então, tem a sua chance de participar de um debate. Abalado psicologicamente Farmer não tem um desempenho satisfatório e Wiley conhece sua primeira derrota.
Todos ficam muito desapontados... Mas Tolson recebe uma carta de Harvard na qual fica sabendo que Lowe também escrevera para a instituição, que aceitou o debate... Procurado pelo professor, Lowe insiste para que ele mantenha Samantha na equipe. O grupo se reúne novamente para os estudos e já recebiam os argumentos do professor... O dia da partida é de festa, mas o Tolson está impedido de viajar com o grupo. Lowe fica encarregado de chefiar a equipe.
Instalados em um confortável hotel, o grupo começou a estudar os argumentos escritos por Tolson. Porém, contrários à prática de debatedores estudarem argumentos preparados por seus mestres, a organização do evento decidiu alterar o tema do debate, que passou a ser Desobediência Civil é uma arma Moral na luta pela Justiça. As equipes receberiam os mesmos livros e teriam 48 horas para preparar suas pesquisas e defesas. Um belo troféu estava em disputa.
Os estudos e a preparação do trio foram estafantes... Samantha sugeria que deviam argumentar com a experiência de Gandhi e suas ideias de Desobediência Civil, Não Violência e o conceito de Satyagraha (Verdade e Justiça). Para este final quero registrar apenas que a equipe discutiu e entrou em desacordos... Lowe, mais uma vez, abandonou o grupo e retirou-se para a noite. Mas tudo acabou bem. De manhã ele estava de volta e decidindo que os debatedores seriam Farmer Jr. e Samantha... O debate foi transmitido pelo rádio... O país inteiro acompanhou o debate... Inclusive o pessoal da pequena Marshall.

Indicação (14 anos)

Um abraço,
Prof.Gilberto

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Filme: O Grande Desafio - Segunda Parte

Talvez seja melhor você acessar http://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/07/filme-o-grande-desafio-primeira-parte.html antes de ler esta postagem.


Aqueles eram tempos de muita dificuldade para as sociedades ocidentais. O Liberalismo enfrentava uma de suas mais duras crises. A Quebra da Bolsa de Nova York gerou consequências complicadas... Muitos governos recorreram às propostas de Keynes... Em poucas palavras, podemos dizer que se tornava necessário certa intervenção estatal, assim garantir-se-ia o Estado de Bem Estar (Mínimo)... Em vários países percebemos a atuação de governantes na elaboração de legislações trabalhistas e programas de obras que garantiam geração de emprego. Nos Estados Unidos não foi diferente.
Os liberais mais ortodoxos nunca viram com bons olhos essas intervenções... Elas eram apoiadas pelos “nacionalistas”... De qualquer forma, podemos dizer que havia mesmo um debate nas várias sociedades sobre essas questões...


Aos universitários eram propostas questões que diziam respeito a esse panorama econômico retratado anteriormente. Só para ilustrar, alguns dos temas apresentados pelo professor Tolson aos alunos candidatos a debatedores eram Trabalho infantil deve ser regulamentado/fiscalizado pelo governo federal; Assistencialismo/bem-estar social desencoraja o trabalho duro, e assim por diante. Percebemos que o professor tinha uma posição clara e favorável ao Keynesianismo... Aos seus alunos, Tolson procurava elevar a auto-estima dos negros.
Ele possuía uma atuação sindical entre os pequenos proprietários e arrendatários locais... Comparecia às reuniões trajando roupas mais simples, de agricultor, e nessas ocasiões defendia o sindicalismo e mobilizações da gente do campo. Numa certa noite, de baile na faculdade, o menino Farmer Jr. avistou o professor nos diferentes trajes e o seguiu, assim ficou sabendo das atividades engajadas do mestre. O episódio foi comprometedor, sobretudo porque os ricos fazendeiros chegaram armados ao local de reunião secreta com a intenção de descobrir as lideranças e acabar com qualquer tipo de mobilização. Houve muita correria e Tolson acabou salvando o pupilo, a quem solicitou sigilo sobre o assunto.


O menino Farmer Jr. chegou bem tarde em casa e foi pressionado pelo pai para que revelasse sobre o que andara fazendo... Mas Farmer Jr. manteve-se fiel ao professor e nada revelou sobre a reunião de caráter sindical e socialista... A relação entre pai e filho ficou abalada, principalmente porque Farmer Sr. percebia a rebeldia do filho, que rebateu suas críticas referindo-se a um episódio em que o velho Farmer Sr. teve de se desculpar (e se humilhar) com um criador de porcos após ter acidentalmente atropelado um leitão (Farmer teve de entregar um cheque ao sitiante e de ajudá-lo a colocar o animal em sua caminhonete).
Entrementes o xerife local começou a pressionar os trabalhadores locais sobre as reuniões secretas promovidas pelo professor Tolson... Havia fidelidade ao líder, mas a tortura levou-os a confessar sobre as atividades políticas.


O primeiro debate que os jovens da equipe de Tolson enfrentaram foi com a faculdade (negra) de Paul Quinn. O professor mostrou que os jovens deviam fazer as pesquisas, mas ele próprio escreveria os argumentos que deveriam usar no debate... Isso gerou desconforto, sobretudo para Henry Lowe. Só para corroborar o que afirmei anteriormente, o tema do encontro foi O Seguro Desemprego deve ter fim quando a Depressão terminar. Lowe e Burgess saíram-se muito bem... Lowe ignorou os argumentos do professor e improvisou com “falas” que Samantha utilizou em seu teste de admissão no grupo... Wiley venceu este e outros debates com outras escolas... Aos poucos a instituição “entrava no mapa” e começava a ser discutida país afora.
Continua em https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/07/filme-o-grande-desafio-terceira-parte.html
Indicação (14 anos)
Há uma terceira parte...

Um abraço,
Prof.Gilberto

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Filme: O Grande Desafio - Primeira Parte

Talvez seja interessante retomar https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/07/filme-o-grande-desafio.html antes de ler esta postagem:

Denzel Washington é o diretor deste filme produzido por Oprah Winfrey. Washington ainda faz o papel do professor Tolson...


O filme (baseado em fatos reais) apresenta-nos a experiência vivenciada pelo professor Melvin Tolson e seu grupo de alunos da Faculdade Wiley durante a década de 1930, nos Estados Unidos... A Instituição era voltada ao atendimento da comunidade negra da cidade de Marshall (Texas). E o professor selecionava alunos para formar a Equipe de Debates da escola. Essa equipe participava de debates com equipes de outras universidades.
Logo no início temos uma apresentação daqueles que serão os protagonistas da equipe de Tolson... Em um distante bairro, o jovem Henry Lowe (Nate Parker) participa de uma festa ao som do Blues, regada a bebida das fortes e mulheres... James Farmer Jr. (Denzel Whitaker) é filho do mais influente intelectual negro local, ele participa de um culto dirigido pelo pai, Farmer Sr. (Forest Whitaker)... Samantha Booke (Jurnee Smollett) está num ônibus e chega à cidade exatamente em busca da atividade extracurricular promovida por Tolson em Wiley.

Vale ressaltar que a noite de Lowe não terminou muito bem, já que se envolvia com uma mulher casada... Safou-se de situação pior graças à intervenção do professor Tolson que, na ocasião, participava de reuniões sindicais na periferia. Tempos depois, quando ocorre a seleção da equipe de debates na faculdade, o professor espanta-se ao reencontrar o jovem Henry Lowe.
O episódio que marca a seleção dos alunos para a equipe é interessante. O professor apresentava uma “tese” e os candidatos deviam defendê-la (ou atacá-la) com seus argumentos, além de responder às indagações do provocativo professor... Uns quarenta e cinco se inscreveram... Mas Tolson selecionaria quatro (dois titulares e dois suplentes). É claro que os três citados anteriormente foram selecionados... Samantha e Farmer Jr. (de apenas 14 anos) foram escolhidos como suplentes; Lowe e Hamilton Burgess (vivido por Jermaine Williams... Ele faz um “tipo risonho”, remanescente do grupo do ano anterior) tornaram-se os debatedores titulares daquele ano de 1935.
Indicação (14 anos)
Há uma segunda parte...

Um abraço,
Prof.Gilberto

terça-feira, 26 de julho de 2011

Filme: O Grande Desafio

Estou deixando o trailer de O Grande Desafio, que é um filme sobre o qual pretendo deixar alguns registros.
Um abraço,
Prof.Gilberto


Indicação (14 anos)

domingo, 24 de julho de 2011

Canção de Amor em Rosa - uma peça no Centro Cultural São Paulo

Até o próximo dia 7 de agosto é possível assistir Canção de Amor em Rosa, que está em cartaz no Centro Cultural São Paulo. Essa peça é voltada para o público infantil, mas os adultos se divertem bastante. Entre os vários méritos dessa peça, está o de apresentar (aos que ainda não conhecem) a música de Noel Rosa... Assisti há muitos anos A Noiva do Condutor – Uma Opereta Radiofônica, um excelente musical embalado pelos sambas do mestre de Vila Isabel... Chegamos à conclusão que o repertório de Noel Rosa possibilita mesmo várias tramas.
Canção de Amor em Rosa é muito divertida. O pobre Chico é apaixonado pela bela Isabel (aí temos homenagens à Vila do poeta e, quem sabe, ao Chico Buarque?). Mas a moça tem o assédio do velho, rico e desonesto Comendador Lacerda... Para piorar a situação de Chico, a tia de Isabel (a velha Joaninha) pretende arranjar um bom partido para ela... Chico conta com a ajuda do amigo Mário, que é tão boêmio quanto ele... Trechos hilários se sucedem permeados por instantes de muita ternura... Há um trio de músicos (Fernanda Maia, a responsável pela montagem da peça; Flávio Rubens e Beto Sodré) que conduz as canções com muita competência... Vale conferir.
Na imagem acima, o elenco: João Bourbonnais, Bárbara Bonnie, Lourdes Gigliotti, Leonardo Santiago e Cadu Souza.

Um abraço,
Prof.Gilberto

sábado, 23 de julho de 2011

Registros fotográficos no Hotel São João: aves e “uma lua” de julho de 2011




Tucanos










"Uma Lua" de Julho de 2011






Garça



















Sanhaços



Um abraço,
Prof.Gilberto

Hotel Fazenda em São Pedro - SP


O Hotel Fazenda São João é uma boa opção de estadia em São Pedro. São mais de cem apartamentos (muitas suítes) disponibilizados como se fizessem parte das ruas das pequenas cidades do interior. Seu restaurante é muito bom e o mesmo pode ser dito sobre a decoração e comida oferecidas aos hóspedes. Durante o ano ocorrem várias convenções nele... Ele está aparelhado para isso.
Mas os que estão esperando o tradicional em termos de “hotel fazenda” podem se decepcionar um pouco... É que o local está mais para um “parque”.  É verdade que o ambiente conta com muitas árvores e um pomar frequentado por pássaros, além das opções de cavalgadas e pescaria num tanque cheio de tilápias (pelo menos é o que mais fisgam por lá)...
Há várias piscinas no hotel. Uma delas com um toboágua gigantesco que faz a alegria da meninada... Aliás, a alta temporada (pelo jeito) é sempre muito concorrida pelas famílias com crianças. Elas lotam os espaços, então equipes de entretenimento barulhentas são contratadas para conduzir as mais diversas atividades. Os adultos também são contemplados com caminhadas, “concursos”, bingos... O ambiente ainda disponibiliza sauna, quadras, campo de futebol e até um espaço para a prática do paintball.





Um abraço,
Prof.Gilberto

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Museu Gustavo Teixeira

Estivemos no museu no último sábado, 16 de julho. Fui autorizado a fotografar a exposição. Apresento aqui algumas considerações.
O acesso é gratuito... A exposição é bem cuidada e, como toda exposição, acaba demonstrando a intenção a que se dispõe... Não estou me referindo apenas ao acervo documental, mas também aos registros explicativos e seu conteúdo... É assim mesmo... Em toda exposição podemos pensar sobre “o que deixou de ser exposto”.
É claro que o clássico prédio que serviu de escola apresenta vários objetos, fotografias, objetos e documentos de secretaria referentes aos registros de estudantes do começo do século passado. Há uma parte reservada à Arte Sacra...


A igreja do centro da cidade foi reformada em algumas ocasiões e o antigo altar e as antigas imagens estão no museu. Uma sala apresenta objetos e equipamentos diversos utilizados pelos antigos tropeiros. Outra sala apresenta exemplares do mobiliário das famílias mais abastadas do início da cidade. O cotidiano dos imigrantes e a importância da produção cafeeira para a economia local estão destacados.
Porcelanas e jogos de copos e talheres que foram da Prefeitura podem ser apreciados...












Há vários quadros expostos, não fotografei nenhum. Dois deles chamam a atenção por revelar-nos a casa simples onde o poeta Gustavo Teixeira passou grande parte de sua vida e escreveu sua obra... Pelo pouco que li, considero que valeria uma homenagem mais substancial a ele. A cidade organiza uma Semana Gustavo Teixeira e é claro que as instalações do museu são bem aproveitadas.

Um abraço,
Prof.Gilberto

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Mais sobre São Pedro

Ao lado temos uma imagem do coreto da praça em São Pedro.
Havia um caminho (uma picada) conhecido pelos indígenas em suas incursões pelo sertão. Ele foi muito utilizado pelos colonizadores para que a chegada a Cuiabá fosse uma realidade.
Como relatado anteriormente (http://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/07/sao-pedro-uma-estancia-turistica-de.html), onde hoje se situa São Pedro, a localidade era um excelente pouso para bandeirantes e tropeiros... Não por acaso o centro histórico era chamado de Pouso do Picadão. Três irmãos da família Teixeira de Barros adquiriram as terras e a povoaram com famílias e escravos trazidos de Itu .


Ao lado temos uma imagem da feirinha de artesanato, temperos e comidas típicas (destaque para o doce de Jaracatiá, fruta típica da região) na praça em São Pedro.

A Igreja Católica abençoava os povoamentos e, como de praxe, uma capela foi erguida, a Capela do Picadão... O Santo da cidade chegou a ser São Sebastião... Mas a população solicitou a mudança do padroeiro e São Pedro foi o escolhido. Apenas em 1881 tornou-se município, separando-se de Piracicaba.
O lugar recebeu muitos imigrantes, notadamente italianos, que afluíram para São Pedro (e várias outras partes do interior paulista) para o trabalho nas fazendas cafeeiras.
No prédio de um antigo colégio (última imagem) no centro da cidade funciona um museu onde é possível conhecer um “recorte” dessa História. Ao lado funciona a Biblioteca que, assim como o Museu, leva o nome do mais ilustre poeta da cidade, Gustavo Teixeira.
O município oferece vários atrativos: Além dos vários hotéis fazenda e pousadas, há muitas opções de trilhas na serra de Itaqueri, o pessoal acorda cedo para visitar as cachoeiras da região; encontros dos apaixonados por Off Road  ocorrem com certa frequência na região; voar de paraglider (ou mesmo num balão) é outra possibilidade radical.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

São Pedro: uma estância turística de nosso estado

Próxima das famosas Piracicaba e Águas de São Pedro, localiza-se outra estância turística: São Pedro, localizada a pouco mais de 190 quilômetros de São Paulo.
Ali passamos alguns dias em um Hotel (Parque) Fazenda: O São João. A História desse pequeno município relaciona-se à época dos bandeirantes e dos tropeiros, que fizeram da localidade um ponto para seu repouso... Por esses dias de fim de recesso vamos ver se relato um pouco sobre aquelas paragens.
Um abraço,
Prof.Gilberto

sábado, 9 de julho de 2011

Régine Pernoud e uma anedota sobre mal-entendidos e preconceitos relativos à Idade Média

Depois das considerações sobre o texto de Régine Pernoud neste blog (http://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/07/mulher-sem-alma-consideracoes-sobre-o_05.html),acho que “cai bem” esta anedota que ela conta a respeito do tratamento que dispensam à Idade Média. Trata-se de um episódio num país de conceituada reputação na Educação Formal de seus jovens. A Anedota foi extraída de Repensando a Idade Média no Ensino de História (pág.109), de José Rivair Macedo. Seu texto é parte de História na Sala de Aula, organizado por Leandro Karnal, da Contexto.


Pernoud, acompanhando o sobrinho em um curso, presenciou a seguinte aula:

A Professora: Como se chamavam os camponeses da Idade Média?
A classe (em coro): Chamavam-se servos.
A Professora: E que é que eles faziam? Que é que eles tinham?
A classe: Tinham doenças.
A Professora: Que doenças, Jêrome?
Jerôme (grave): A Peste.
A Professora: E mais, Emmanuel?
Emmanuel (entusiasta): A Cólera.
A Professora: Vocês sabem muito bem a lição de História, concluiu placidamente. Passemos à Geografia...

Um abraço,
Prof.Gilberto

terça-feira, 5 de julho de 2011

“A Mulher sem Alma”, Considerações sobre o capítulo VI de “Idade Média, o que não nos ensinaram”, de Régine Pernoud – Terceira Parte

Antes de ler esta postagem é interessante acessar http://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/07/mulher-sem-alma-consideracoes-sobre-o_03.html.


No caso, especificamente, da França, no começo do século XVI, a exclusão da mulher tanto na vida eclesiástica como na vida intelectual, se intensifica. Há uma verdadeira descaracterização dos mosteiros femininos, uma decadência... O texto de Pernoud, por si só, nos dá a medida exata dessa decadência: “O melhor exemplo continua sendo a Ordem de Fontvrault, que se torna um asilo para as velhas amantes. Asilo onde se leva daí em diante uma vida cada vez menos edificante”... “a maior parte dos mosteiros de mulheres, no fim do Antigo Regime, é de casas de recolhimento onde as filhas caçulas de grandes famílias recebem muitas visitas, onde se jogam cartas e outros ‘jogos proibidos’... Até tarde da noite”.
No final do texto a autora trata das “camponesas, citadinas, mães de família ou trabalhadoras”. E mais uma vez reclama da falta de material e de pesquisas investigativas acerca dessas mulheres. Apesar disso o fragmento final é rico em revelações que apenas complementam o quadro apresentado inicialmente. Pernoud apresenta-nos a participação de mulheres em decisões políticas no interior da França: As mulheres votavam “em pé de igualdade, como os homens nas Assembléias Urbanas ou nas Comunas Rurais”. Farto material a ser pesquisado existe nos “Inquéritos ordenados por São Luís” - grande coleta de depoimentos (os mais variados) acerca da má gestão dos agentes reais. Os relatos são muitos e nos permitem reconstruir a “História Real”. Há várias citações do “voto feminino” nas convenções realizadas no interior francês, inclusive a idade dos votantes (a partir dos 20; e até dos 14 anos) é citada. Percebe-se, em vários casos, a autonomia de mulheres, que votavam e exerciam profissões diversas, “sem serem obrigadas a apresentar uma autorização do marido”.


Por influência do Direito Romano, nos fins do século XVI (decreto do Parlamento de 1593), as mulheres são afastadas de todas as funções no Estado. O Direito Romano relega à mulher os cuidados domésticos e a educação dos filhos e, mais tarde, o Código Napoleônico tira-lhe também o direito de administrar os próprios bens. Ela passa a desempenhar, como já sabemos, em sua casa, um papel subalterno. A autora cita ainda o pioneirismo de Dhuoda (Tratados de Educação) que, no século IX, publicou um para o uso de seus filhos.
Para finalizar, uma conclusão: Os moralistas “querem ver a mulher em casa”, mas não é bem isso o que ocorreu no Período Medieval. E não é isso o que depreendemos do texto estudado. Infelizmente, hoje, reclama-se conquistas feministas. Muitas se contentam a “imitar o homem, ser julgada capaz de exercer as mesmas funções, adotar os comportamentos e até hábitos de vestir de seu parceiro, sem mesmo se questionar sobre o que é realmente contestável e o que deveria ser contestado”. Ficam, pelo menos, duas perguntas: E o lugar que a mulher já ocupou (muito mais digno) tempos atrás? Não seria interessante resgatá-lo?
Leia: Idade Média, o que não nos ensinaram. Editora Agir.
Continua em https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/07/regine-pernoud-e-uma-anedota-sobre-mal.html

Um abraço,
Prof.Gilberto

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