terça-feira, 2 de agosto de 2011

O tio que flutuava - Primeira Parte

Talvez seja melhor você acessar http://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/08/moacyr-scliar.html antes de ler esta postagem.
O texto é uma narrativa... O pai conversa com o filho de 14 anos. Ele percebe que o comportamento do menino tem sido de contestação, próprio de sua idade... Então resolve falar ao garoto sobre uma situação que ocorreu quando tinha a mesma idade dele. A história que ele conta ao filho é sobre a primeira paixão que teve na vida... Mas o encontro com aquela que foi a primeira (grande) paixão aconteceu devido a uma situação bem estranha...
O narrador chama-se Marcos. Na época de sua infância e adolescência morava com a família em um sítio no interior do Rio Grande do Sul (é claro)... Os ocorridos se deram na primavera... Certa manhã um vizinho chegou com a notícia de que a tia Clara, que vivia na cidade grande, estava em apuros... Ela precisava de ajuda da família. O pai de Marcos logo se referiu à irmã Clara com certa contrariedade... Ela sempre “inventava algo”... De qualquer forma, a família existe também para essas ocasiões. O irmão mais velho de Marcos se prontificou imediatamente a visitá-la, mas o pai escolheu o garoto de 14 anos, e justificou dizendo que já estava em tempo de ele se tornar adulto.


Como o título do livro indica, o problema de tia Clara era que o marido Isaías estava flutuando... É isso aí... Simplesmente no teto da casa, nas alturas... Mas a família de Marcos (nem ninguém) poderia imaginar uma coisa dessas...
Pois bem. Tudo definido, apesar dos soluços da mãe, Marcos partiu de ônibus para a cidade grande... Ficou combinado que iria até a estação de rádio para anunciar sua chegada e comunicar sobre os problemas de tia Clara... Na falta de telefone, as pessoas podiam se utilizar de um programa, transmitido provavelmente em Ondas Curtas, chamado Alô, alô, interior.


No ônibus, Marcos conheceu um certo Capitão Rojão (seu nome era Rogério Santos). A conversa entre os dois aconteceu após um incidente que o tipo teve com uma passageira... Ônibus em curso e, de repente, uma moça começou a gritar: “Safado!” O “Rojão” mudou de lugar indo sentar-se ao lado de nosso protagonista...
Marcos encantou-se com a conversa de Rojão que, além de ser abusado com as mulheres, era piloto de avião, instrutor de vôo e até construtor de aparelhos voadores... Marcos gostava de vôo, mas até então sua ousadia não ultrapassara as pandorgas (ou pipas) que fazia no interior. Ao final da viagem o Rojão escreveu o seu endereço para que, em caso de necessidade, o menino pudesse entrar em contato. Marcos viu-se sozinho na cidade grande... Então pegou um táxi para chegar à casa dos tios... Ele possuía apenas uma anotação do endereço... Aos poucos percebeu que estava dirigindo-se para um local humilde, o bairro era afastado do centro.
Leia: O tio que flutuava. Editora Ática.
Para amanhã pretendo postar uma Segunda Parte.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2011/08/o-tio-que-flutuava-segunda-parte.html
Um abraço,
Prof.Gilberto

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