sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Adaptação de "Quem sou eu?", de Mirta Goldberg

Por hoje segue este texto que citei na postagem de ontem. Percebi que o Quem sou eu?, da escritora argentina Mirta Goldberg, tem um conteúdo simples, de fácil compreensão e leva a criança a refletir sobre a construção da identidade.

O que considerei mais importante foram os fatos de poder relacioná-lo às discussões geradas pela leitura e interpretação de O nome da gente, de Pedro Bandeira, e de discutir a questão da diversidade cultural de nossa sociedade. A
adaptação que fiz é propositalmente bem simples. Cada trecho pode ser discutido com os alunos. O passo seguinte é trabalhar uma redação na qual, a partir dos conceitos discutidos, os alunos escrevam sobre a própria identidade.

A professora Maria José, da sala de leitura da EMEF Teodomiro, foi solícita ao indicá-lo e emprestá-lo após ouvir as ideias do plano sobre identidade com as crianças de primeiro ano do Fundamental II. Como não consegui uma imagem do livro na internet, colei este outro da mesma autora.

Segue o meu texto:

NOSSA IDENTIDADE – adaptado de Mirta Goldberg: “Quem sou eu?”

Quem somos nós? Nós possuímos um nome, moramos em um determinado lugar, possuímos certas características físicas (altura, cor dos olhos, da pele e dos cabelos,...), temos certas preferências (aquilo de que gostamos) e certas rejeições (aquilo de que não gostamos).

Cada pessoa é única, quer dizer, nós temos muitas coisas em comum uns com os outros, porém não somos idênticos. Algumas pessoas são curiosas. Outras são tímidas. Percebemos em nosso convívio pessoas altas e baixas, gordas e magras, umas têm cabelos lisos, outras têm cabelos mais cacheados, e assim por diante. Também percebemos que as pessoas vivem de modo diferente, realizam tarefas diferentes e têm gostos diferentes.

Cada pessoa possui uma origem, que é a família. Dificilmente conseguimos nos lembrar de como nós éramos quando fomos bem pequenos. Se conversarmos com os nossos parentes mais velhos poderemos ouvir muitas histórias sobre aqueles tempos. Assim, saberemos do que gostávamos, do que não gostávamos e por que chorávamos ou dávamos risadas. Também podemos verificar fotografias de nossos familiares, elas nos mostram como éramos desde bebezinhos.

Nós também possuímos recordações. Certos acontecimentos marcaram tanto as nossas curtas vidas que não nos esquecemos deles. As coisas que não consigo lembrar podem ser contadas pelos meus pais, meus parentes e por aqueles que cuidam de mim. Além das recordações fazemos certos planos para o futuro, quer dizer, é muito comum dizermos que tipo de trabalho gostaríamos de exercer quando chegarmos à fase adulta.

Tudo isso forma a nossa identidade e faz parte de nossa história de vida. Logo que nascemos, por exemplo, nossos pais fazem o registro de nascimento, que é o primeiro documento importante de nossa vida. Nele está registrado o nosso nome, os nomes de nossos pais e o local onde nascemos (cidade, estado, país).

Devemos perceber que não estamos sós no mundo. Nem todos pensam como nós. Mas convivendo com os outros podemos aprender muito e também ajudá-los a aprender. Conforme vamos convivendo uns com os outros, as pessoas vão conhecendo quais são os nossos gostos e preferências. É claro que queremos ser respeitados. Para que isso aconteça precisamos também respeitar aos outros em seus modos de ser. O modo de ser de uma pessoa é a formação e a religião dela, as opiniões e os gostos dela.

Um abraço,

Prof.Gilberto

Páginas